Uma mulher, de 48 anos, esteve, esta terça-feira, em protesto, na entrada principal do Hospital de Braga, o qual acusa de lhe recusar a marcação de consultas.
Isabel Spansaldin muniu-se de um cartaz, no qual escreveu que o Hospital de Braga lhe recusou consultas de neurologia e ortopedia, acusando-o de “brincar com a saúde”.
“Recusam-se a marcar consultas para mim. A minha psiquiatra já pediu consulta para neurologia e estão-se a recusar. Para ortopedia, a minha médica de família pediu, e não tenho resposta”, conta a O MINHO a mulher, residente em Ferreiros, Braga.
Segundo a utente, a consulta de ortopedia, que não obteve resposta, já foi pedida há mais de um ano e a de neurologia, que foi recusada logo a seguir com a justificação – diz – de que não tinha sintomas que a justificassem, em novembro do ano passado (prestes a fazer um ano também).
“Tenho 25% de perda de memória, fraqueza muscular progressiva, insónia. Não me consigo concentrar nas pequenas tarefas do dia a dia”, enumera Isabel Spansaldin, acrescentando que, ao nível ortopédico, tem “dores terríveis nos ossos”.
Já fez queixas nas “altas autoridades da saúde”, mas continua sem uma solução. Por isso, hoje decidiu ‘acampar’ à porta do Hospital de Braga em protesto.
“Não me podem recusar uma consulta, é um direito de qualquer pessoa”, acusa.
“Todos os pedidos de consulta são triados”
Questionado por O MINHO, o Hospital de Braga explica que “todos os pedidos de consultas em contexto hospitalar são triados por um médico, que, com base em pareceres clínicos, valida ou recusa os mesmos”.
“Uma vez recusado, o médico triador devolve o pedido, informando a origem do sucedido”, esclarece a resposta enviada ao nosso jornal.
E conclui: “O Conselho de Administração do Hospital de Braga reitera o compromisso de melhor servir todos os utentes que recorram aos serviços da instituição, ao longo de todo o ano, numa linha de cuidados rigorosos e de excelência”.
*Com Joaquim Gomes