Está internado em psiquiatria na Casa de Saúde de São João de Deus, em Barcelos. Foi agora obrigado, pelo Tribunal de Braga, a mais internamento compulsivo, por um período de dois anos e seis meses a quatro anos, com tratamento médico. Porque agredia, a despropósito, outros utentes e enfermeiros e auxiliares.
O homem, de apelido Silva, de 27 anos, natural da Póvoa de Varzim, foi julgado por três crimes de ofensa à integridade física e dois de ameaça agravada. Sujeito a exame psíquico, foi declarado inimputável, mas com a classificação de “perigoso”.
Com base neste relatório, não foi condenado pelos crimes, mas ficou sujeito ao internamento.
Isto porque: em agosto de 2015, estando internado numa unidade da Casa de Saúde, lançou, na sala de estar, as mãos ao pescoço de um utente, quase o matando por asfixia. Só o largou devido à intervenção de um enfermeiro. Em setembro, deu, sem mais nem menos, um murro no pescoço de um auxiliar.
Em dezembro, quando um auxiliar o conduzia ao quarto, esmurrou-o e mordeu-lhe o dedo anelar. Fê-lo com tanta força que partiu um dente, tendo este ficado cravado no dedo do funcionário. Ameaçou, ainda, dois outros utentes, dizendo que os ia “partir todos”.
O Tribunal considerou que havia “risco de reincidência” já que o doente “não é capaz de avaliar a ilicitude dos seus atos”.