O Tribunal vai ler, esta segunda-feira, o acórdão do julgamento entre dois homens que se travaram de razões numa rede social e combinaram um encontro para “resolver” o assunto.
Um deles levou uma pistola, calibre 6,35 mm, e apontou-a ao outro, premindo o gatilho, duas vezes. Só não o atingiu porque a arma encravou.
Arménio Araújo, de 30 anos, de Braga, foi acusado pelo Ministério Público do Tribunal local dos crimes de homicídio na forma tentada e posse de arma proibida.
Em maio de 2019, o arguido marcou um encontro com o ofendido, Carlos Alves, segurança de profissão, junto ao estabelecimento Elefante Azul, em Maximinos, Braga.
Estavam pegados e, ambos prevendo sarilhos, levaram amigos. Arménio transportou a pistola e um aerossol de autodefesa: “se quiseres problemas está aqui para ti”, disse, dirigindo-se ao outro contendor. E exibiu a arma. Aí, Carlos deu-lhe uma bofetada, levando-o a recuar três metros.
Armou, então, a pistola e tentou disparar mas ela encravou. Fugiu, depois, com Carlos no seu encalço e, nesse entretanto, fez um disparo para o ar.
Foi apanhado pelos perseguidores e voltou a sacar da arma, mas esta tornou a encravar.
Envolveram-se, então, em confrontos físicos e a arma caiu ao chão. E o mesmo sucedeu ao aerossol, que, nessa altura, quis usar, também sem êxito. Fugiu, de novo, mas acabou por ser imobilizado.
Apesar da moldura penal em que o crime incorre, o Tribunal de Instrução não decretou a prisão preventiva aceitando a tese do advogado de defesa, João Ferreira Araújo, de que este foi um caso isolado e o arguido “trabalha e leva uma vida honesta”.