O tenente-coronel médico António Gandra d’Almeida, também diretor regional do Norte do INEM, com origens familiares em diversos pontos do Minho e tradições de familiares no exercício profissional em Guimarães, foi esta sexta-feira distinguido a propósito da sua participação nos resgates a seguir ao grande terramoto na Turquia, num congresso que decorre no Panamá.
A cerimónia realizou-se na abertura do Congresso Internacional de Medicina Crítica, que reúne cerca de 1.500 participantes, incluindo 72 especialistas, oriundos da Turquia, Espanha, Alemanha, Itália, Portugal, Estados Unidos, Canadá e da América Latina, considerado o evento mais representativa naquela região do globo muito fustigada por diversos tipos de catástrofes.

Em declarações a O MINHO, o tenente-coronel-médico António Gandra d’Almeida disse que “poder ajudar quem mais precisa é um privilégio”, ele que tem origens na região minhota, já que o pai é de Vieira do Minho e a mãe de Ponte da Barca, concelho onde tem familiares a exercer medicina, como em Guimarães, pertencendo a uma terceira geração de médicos.
“Não haja dúvidas que juntos somos mais fortes e o nosso foco deve ser sempre o interesse comum”, declarou a O MINHO, esta sexta-feira, a partir da cidade do Panamá, o tenente-coronel médico António Gandra d’Almeida, já condecorado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recentemente, entre os elementos da missão portuguesa que foi à Turquia.
Marcelo condecora dirigente do INEM com raízes no Minho por ajuda humanitária na Turquia
“A partilha de experiências, de olhares, estar ao lado de quem tudo perdeu e só pede para velar os seus muda-nos de uma forma profunda”, como declarou então a O MINHO o diretor regional do Norte do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), que recentemente concretizou já a instalação da base operacional do INEM de Braga, no Regimento de Cavalaria 6, em Braga.
“As catástrofes, infelizmente, são uma realidade que temos que ter bem presente e temos que nos preparar o melhor possível”, explicou António Gandra d’Almeida, que dispõe de um mestrado em Medicina de Catástrofe, entre outras formações avançadas, alertando “ser preciso, também em Portugal, estarmos preparados para tudo, até por causa das alterações climáticas e não só”.
Especializado em Medicina de Catástrofe
António João Sant’Anna Gandra Leite d’Almeida, de 43 anos, nascido a 14 de setembro de 1979, é licenciado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa (2000/2006), com formação complementar na Academia Militar (1999/2006) e Pós-Graduação em Saúde Militar (2006), e ainda European Master in Disaster Medicine, Novara (2015).
Especialista em Cirurgia Geral, tem competência especial em Emergência e Medicina Militar pela Ordem dos Médicos, sendo a sua experiência profissional relevante para o exercício das suas funções, entre outras, ser tenente-coronel-médico dos quadros permanentes do Exército Português, tendo sido depois colocado na Unidade Ensino Formação Investigação em Saúde Militar.
António Gandra d’Almeida tem ainda uma atividade hospitalar em Sala de Emergência e na especialidade de Cirurgia Geral e também pré-hospitalar – VMER, HELI, CODU e eventos de grande dimensão, sendo que foi responsável das Vias Verdes da Região Centro do INEM de 2014 até 2019, responsável pela instalação e coordenador da VMER do Barreiro, de 2016 a 2018.
Entretanto, participou em eventos multivítimas e catástrofe, com funções de coordenação e/ou operacional, fazendo parte ainda de missões internacionais médicas, de apoio humanitário, a mais recente das quais ao longo das últimas semanas, na Turquia, apostando no fomento, em Portugal, da formação profissional, igualmente, na medicina crítica, de emergência e de catástrofe.