Ao abrigo da Lei de Imprensa, é publicado o Direito de Resposta de Aveleda, S.A. à notícia “Aveleda responsável pela redução de caudal de rio em Ponte de Lima, conclui APA”, publicada em 08 de agosto de 2020.
Exmo. Sr. Director do Jornal “O Minho”
Dr. Thiago da Costa Correia,
Na sequência da notícia publicada neste Jornal, no passado dia 08/08/2020, intitulada de “Aveleda responsável pela redução de caudal de rio em Ponte de Lima, conclui APA”, vem a Aveleda, S.A., ao abrigo do artigo 24.º da Lei n.º 2/99, de 13 de Janeiro (Lei de Imprensa), exercer o seu direito de resposta, que deverá ser publicado com igual destaque, nos seguintes termos:
- A referida notícia destaca a posição da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) face à alegada responsabilidade da Aveleda pela redução do caudal do rio Estorãos, referindo expressamente ter a APA concluído que a “a redução do rio Estorãos, em Ponte de Lima, está relacionada com a captação para a exploração vinícola da Aveleda”.
- A Aveleda esclarece não existirem quaisquer dados técnicos que sustentem a conclusão alegadamente extraída pela APA, já que esta – ou qualquer outra entidade – não realizou, até ao momento, quaisquer medições de caudal da linha de água e muito menos analisou a relação entre os períodos de bombagem e o escoamento do mesmo.
- Diligências essas que foram expressamente requeridas pela Aveleda, face às acusações absolutamente infundadas de que tem sido alvo.
- Não obstante ter sido efectivamente notificada, em momento algum lhe foi imputada qualquer tipo de responsabilidade, tendo-lhe sido unicamente requerido pela APA a redução temporária do volume de captação de água do ribeiro Formigoso, atendendo às proporções mediáticas deste caso.
- É falso que a equipa do SEPNA, da GNR de Arcos de Valdevez tenha “verificado que há uma redução do caudal do rio após a captação”. Esta equipa apenas constatou que o caudal do rio estava abaixo do normal, jamais tendo relacionado esta diminuição com a captação da Aveleda.
- O que, de todo modo seria impossível, pois que à data das diligências, bem como nos dias anteriores e posterior às mesmas, não ocorreu qualquer captação de água do ribeiro Formigoso. Nos termos da licença da Aveleda, a captação de água é cíclica, realizando-se entre as 24h00 e as 5h00, por períodos curtos de cerca de três dias, intervalando com períodos mais longos, sem qualquer captação.
- A Aveleda não tem qualquer responsabilidade pela redução do caudal do rio Estorãos, não resultando, sequer, da sua captação, qualquer alteração visível na linha de água, conforme confirmam os diversos testes visuais efectuados quanto ao seu impacto no ribeiro Formigoso.
- Pois que, não existe qualquer redução do caudal do ribeiro do Formigoso, onde se situa a captação de água da Aveleda, nem tão pouco no local da afluência deste com o rio Estorãos, que dista 1,6km, não restando, por isso, dúvidas de que não pode ser esta captação causa da redução drástica do caudal do rio Estorãos junto à ponte velha, desconhecendo a Aveleda as razões que motivam esta redução.
- Conforme se pode verificar no local, o caudal do ribeiro do Formigoso e o caudal o rio Estorãos, a montante da afluência do ribeiro do Formigoso, está perfeitamente normal para esta época do ano.
- É visível em imagens captadas por satélite que em anos anteriores, por exemplo, 2009 e 2013, o caudal do Rio Estorãos junto à ponte velha, estava igualmente reduzido e seco, altura na qual a Aveleda não tinha qualquer vinha, pois esta data de 2018.
- No ano passado o caudal do rio Estorãos não teve o mesmo efeito de redução, mesmo com a captação de água por parte da Aveleda dentro das limitações legais e equivalentes às praticadas este ano no ribeiro Formigoso, como demonstram algumas imagens captadas este ano, o que nos leva a crer que a causa da redução do caudal se deve a razões alheias à nossa responsabilidade.
- A Aveleda permanece inteiramente disponível para cooperar em tudo quanto se revele necessário, encontrando-se, aliás, a reunir todos os elementos que permitam o cabal esclarecimento da situação.
- Face às declarações agora prestadas ao Jornal “O Minho”, desprovidas de qualquer fundamento, a Aveleda reitera ainda o convite para conhecer a vinha de Cabração feito há mais de um ano, ao Sr. Presidente da Junta de Estorãos que, estranhamente, nunca mereceu resposta, na expectativa de que seja agora acedido.
- Sem prejuízo, a Aveleda não pode continuar a ser alvo de denúncias e acusações sem qualquer sustento técnico-científico.
- Desta forma, a Aveleda afasta qualquer responsabilidade pela redução do caudal do rio Estorãos, tudo fazendo para repor a verdade dos factos.
- Recorda-se que a Aveleda é uma empresa com elevada responsabilidade ambiental e social conforme atestam as suas certificações, visíveis no site oficial da empresa, e os seus projectos de sustentabilidade vitícola. A Vinha de Cabração foi alvo dum projecto de biodiversidade realizado em conjunto com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICN) e que visou a plantação de mais de 4.000 árvores nas bordaduras da vinha, com vista ao desenvolvimento da fauna e flora daquela zona. Esta empresa realizou ainda sementeiras, nas vinhas, de espécies produtoras de sementes, que muito contribuirão para atrair pássaros, mamíferos e outras espécies naquele local, não podendo esquecer ainda a elevada contribuição da Aveleda na criação de postos de trabalho para as populações que ali residem.
Em resposta à notícia (08/08/2020):
Aveleda responsável pela redução de caudal de rio em Ponte de Lima, conclui APA