A direção da Escola de Medicina da Universidade do Minho (UMinho) anunciou a demissão, com acusações à reitoria de ter levado a cabo cortes orçamentais. “Divergências estratégicas” também são motivo.
A informação foi avançada esta tarde pelo Jornal de Notícias, que teve acesso a uma nota de demissão de Nuno Sousa, presidente da direção: “As razões que motivaram esta decisão estão relacionadas com uma divergência na política universitária e estratégica que existe entre a Reitoria/Conselho de Gestão da UMinho e a Presidência da Escola de Medicina”.
Refere a nota, citada pelo JN, que as divergências são de natureza “conceptual e tradução operacional”, levando a que seja condicionado o “projeto que se impôs pela qualidade ao longo das últimas duas décadas”.
Nuno Sousa disse já ter informado as restantes direções da UMinho que o orçamento para este ano compromete “a gestão operacional pedagógica e científica”.
Disse ainda que as relações com a reitoria têm-se “agravado significativamente”.
“Chegados a este ponto, após várias interações, e porque não me revejo nesta estratégia da UMinho, decidi apresentar a demissão do cargo de Presidente da Escola de Medicina”, escreveu.
De acordo com a Rádio Universitária do Minho (RUM), a reitoria afirma ter sido “informada atempadamente” da decisão de Nuno Sousa, mas “o reitor não tem mais comentários a fazer sobre a matéria”.