Diferença na fatura da água nos concelhos do distrito de Braga ultrapassa os 500 euros por ano

Foto: DR

A diferença na fatura da água nos concelhos do distrito de Braga ultrapassa os 300 euros (para consumos anuais de 120 m3) e os 500 em consumos maiores (180 m3), segundo um estudo da Deco Proteste.

No distrito de Braga, o intervalo de preços da fatura global da água (abastecimento, saneamento e resíduos sólidos urbanos) nos 14 municípios, para consumos anuais de 120 m3 é de 342,72 euros, entre o município com preço mais elevado (Celorico de Basto) e mais baixo (Terras de Bouro).

Para maiores consumos, 180 m3, a diferença na fatura global (inclui abastecimento, saneamento e resíduos sólidos) atinge os 522 euros por ano.

O top 3 dos concelhos mais caros é composto, assim, por Celorico de Basto (451,10 euros por 120m3), Esposende (403,25 euros) e Fafe (391,32 euros). Os concelhos mais baratos são Terras de Bouro (108,38 euros), Amares (187,25 euros) e Braga (256,30 euros).

A conclusão é da Deco Proteste, que analisou as faturas dos 14 concelhos no distrito de Braga.

No que respeita a tarifários familiar e social, a análise concluiu que no serviço de abastecimento de água em 2023 apenas em Barcelos e Fafe não era aplicado tarifário familiar. Já no que concerne à tarifa social ao abastecimento de água, Barcelos e Terra do Bouro não a aplicavam. Esta está prevista ser aplicada no concelho de Barcelos em 2024.

No serviço de saneamento, o número de municípios com tarifário especial para famílias numerosas e tarifário social é inferior ao serviço de abastecimento de água. Apenas metade aplicam tarifa famílias numerosas e nove aplicam tarifa social.

Fonte: Deco Proteste

Recorde-se que a Deco Proteste já analisou a dispersão tarifária a nível nacional, tendo concluído que os serviços de abastecimento, saneamento e resíduos sólidos em Portugal Continental atingem uma diferença de 376,04 euros na fatura global entre concelhos para o mesmo consumo de 120 m3 anuais. No caso do consumo anual de 180 m3, esta disparidade entre concelhos com a fatura global mais baixa e a mais alta intensifica para 625,73 euros.

“Porque a disparidade de preços entre municípios coloca em causa a equidade de tratamento das famílias nos vários municípios no que diz respeito aos serviços públicos essenciais e, por outro lado, porque a ausência de investimento na reabilitação de infraestruturas agravará o já atual desperdício de 180 milhões de metros cúbicos de água por ano em Portugal, a Deco Proteste reitera a urgência no regulamento tarifário do serviço de águas e de investimento na reabilitação de infraestruturas”, pode ler-se no estudo, a que O MINHO teve aceso.

A DECO PROTeste disponibiliza uma ferramenta on-line no Portal da Sustentabilidade com a comparação das tarifas e informação que visa responder às questões dos consumidores dos 308 municípios, incluindo Continente e Ilhas (aqui).

 
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