O fogo que deflagrou no sábado em Ponte da Barca e lavra no Parque Nacional da Peneda-Gerês estava, às 10:00, a ser combatido por dez meios aéreos, 247 operacionais e 80 meios terrestres, disse hoje a proteção civil.
Em declarações à agência Lusa, o Comandante Marco Domingues, do Comando Sub-Regional do Alto Minho, adiantou que o fogo “tem duas frentes ativas, ainda não chegou a Lourido, que existe esse risco, mas que há meios no terreno a tentar evitar que isso aconteça”.
“Há duas povoações, Ermida e Froufe, que estão na linha de fogo e que são preocupantes, mas já estão posicionados meios de proteção”, referiu.
Segundo Marco Domingues, “as duas frentes ativas lavram em zonas inacessíveis”, sendo que o combate é dificultado “pelo vento forte, orografia e inacessibilidades”.
“Temos recorrido a estratégia de combate apeado, com combinação de meios aéreos”, destacou, adiantando não haver previsão para ter o incêndio dominado face às condições meteorológicas que “tendem a ser complexas”.
As chamas deflagraram no Lindoso e seguiram na direção da Ermida e Lourido, no PNPG.
Autarca queixa-se da falta de meios aéreos
O presidente da Câmara de Ponte da Barca queixou-se hoje da falta de meios aéreos no combate ao fogo que deflagrou no sábado no Lindoso e que se aproxima de Ermida e Lourido, no Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG).
“Telefonei às 08:00 ao secretário de Estado da Proteção Civil a pedir para os meios aéreos virem mais cedo. Disse-me que sim, que já vinham a caminho. Às 09:00 ainda não tinha chegado nenhum”, desabafou o autarca social-democrata, Augusto Marinho.
Entretanto, pelas 10:00, já 10 meios aéreos estavam no combate.
Enquanto falava à agência Lusa, ouviram-se vários populares a interpelar Augusto Marinho sobre a falta de meios aéreos no combate às chamas, dificultado “pelo vento forte e difíceis acessos”.
Segundo o autarca, o incêndio “passou de Parada, no Lindoso, onde está a ser feita a proteção às habitações, para o outro lado da serra, aproximando-se de Ermida e Lourido”.
“Está muito complicado, precisamente no mesmo local onde há três anos vivemos uma situação muito complicada e tivemos que retirar os habitantes de duas aldeias”, frisou.