Os resíduos que sobram do primeiro estágio do foguete chinês de longa marcha lançado a 29 de abril estão a ser motivo de preocupação uma vez que ainda não se sabem onde estes vão cair no planeta Terra, apesar da monitorização constante levada a cabo pelas agências espaciais.
A reentrada na atmosfera deve dar-se entre as 02:00 horas deste sábado e a próxima segunda-feira, com Portugal a ser um dos locais onde os detritos espaciais do CZ-5B (cerca de 20 toneladas), podem vir a cair, enquanto o foguete segue o seu caminho rumo à nova estação espacial da China.
Habitualmente, entram na nossa atmosfera detritos espaciais a um nível diário, mas raramente provocam incidentes, uma vez que se desintegram à entrada na atmosfera terrestre. Porém, neste caso, e dado o elevado volume dos detritos, é provável que possam causar mossa no local onde caírem.
Ao início desta sexta-feira, os resíduos espaciais encontravam-se a cerca de 180 quilómetros de altitude, viajando a mais de 28 mil quilómetros por hora. Segundo o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, a esperança é a de que “vá cair num lugar onde não poderá atingir ninguém”, sobretudo “no oceano ou algum lugar do género”.
A rota do CZ-5B vai, em termos de latitude, desde a zona Norte de Portugal até pouco abaixo do continente africano, estendendo-se nessa zona por toda a longitude do globo. Na Europa, para além de Portugal, há risco de cair em Espanha, no sul de Itália ou na Grécia.
As regiões mais expostas são a da América Central, todo o continente africano, Médio Oriente e ainda os países da Ásia a sul de Pequim (incluíndo o continente da Oceania).