A Polícia Judiciária (PJ) de Braga deteve mais três homem que se faziam passar por inspetores daquela força de segurança para roubarem centenas de milhares de euros e ouro na região Norte.
No mês passado, a PJ anunciou a detenção de dois suspeitos, que foram colocados em prisão preventiva.
Agora, a Judiciária anunciou a detenção de mais três homens, de 21, 30 e 47 anos, suspeitos da prática dos crimes de burla qualificada, associação criminosa, sequestro, usurpação de funções e falsificação ou contrafação de documentos, atuando em conjunto com os outros dois já detidos.
“No desenvolvimento da referida investigação foi possível apurar e recolher indícios que implicam também estes três arguidos na autoria dos factos, com alternância nas suas participações”, salienta o comunicado.
O grupo criminoso começou a ser investigada aquando do assalto em Fafe, no qual os assaltantes “utilizaram autorizações judiciais contrafeitas e devidamente equipados com coletes, crachás e outra indumentária típica deste serviço de segurança, evidenciando algum profissionalismo e confiança na suposta diligência, logrando a aparente apreensão de ouro, relógios, documentos e dinheiro, cujo valor ultrapassou largamente os cem mil euros”.
A PJ, em colaboração com a GNR, veio na sequência da investigação a contabilizar “factos delituosos análogos em vários concelhos da zona norte do país, que foram sucedendo nas semanas seguintes”.
“O desenvolvimento investigatório permitiu identificar um grupo, que, de forma organizada e recorrendo a meios propositadamente angariados para a prática dos recorrentes crimes, sem ocupação criminal, apresentam vasto passado criminal, da tipologia dos ilícitos aqui em investigação e de outros, tendo já sido condenados e cumprido penas de prisão”, acrescenta o comunicado.
Com estes crimes, os homens enriqueceram ilegitimamente em centenas de milhares de euros, contabilizando-se da sua ação a subtração de dinheiro, ouro, relógios, aparelhos telemóveis, bem como outros objetos e documentos.
Nesta última operação a PJ recuperou cerca de trinta mil euros, documentos diversos, relógios, objetos de valor, ouro, moeda estrangeira, e ainda apreender viaturas, crachás, coletes, documentos de identificação contrafeitos, entre outros, alusivos à PJ.
Os três homens agora detidos, foram já presentes às autoridades para interrogatório judicial.
Dois deles ficaram sujeitos à obrigação de apresentações periódicas bissemanais às autoridades locais e proibição de contactos, enquanto ao terceiro foi decretada a medida mais gravosa, prisão preventiva.