Declarações dos treinadores após o Desportivo de Chaves – Moreirense (2-0), jogo da primeira mão do ‘play-off’ de manutenção na I Liga portuguesa de futebol, disputado em Chaves:
– Rui Mota (Treinador-adjunto do Moreirense): “Entrámos muito bem no jogo, estávamos por cima quando sofremos um golo num momento que não podíamos sofrer. Podíamos fazer melhor. Depois desse golo, a equipa tranquilizou-se um bocado, o Chaves tentou fechar as linhas e o jogo foi muito dividido.
Entrámos bem na segunda parte, tivemos oportunidades para fazer golo, mas não conseguimos fazer e acabámos por cometer outro erro. O jogo resume-se a isso.
Esta equipa, ao longo do ano, tem oscilado, mas não desiste. Desenganem-se que a eliminatória está resolvida, vamos dar uma grande resposta em casa. Vamos descansar, analisar e procurar a continuidade na Primeira Liga.
Esta equipa, quando consegue estar confiante, é capaz de mover montanhas. É com esse espírito que lá vamos. Não passa pela cabeça de ninguém que este jogo esteja resolvido.
O que foi determinante [neste jogo] foi a nossa falta de eficácia. Tivemos mais oportunidades de golo que o adversário e quando não marcámos, deixámos o adversário marcar.
Temos de ser mais eficazes e somos capazes de nos transfigurar e dar a volta aos jogos.
Agradeço o apoio dos nossos adeptos, têm sido fantásticos ao longo da época.
Não foi por falta de seriedade e de querer da equipa que as coisas não nos correram bem. A equipa entrou bem e forte no jogo, estávamos a conseguir mandar no jogo, mas sofremos um golo que não podemos sofrer”.
– Vítor Campelos (Treinador do Desportivo de Chaves): “Consegui festejar dois ou três minutos no fim do jogo, mas já estou focado para saber o que temos de melhorar para ultrapassar o próximo jogo.
Temos que encarar o jogo como se estivesse 0-0 e encarar dessa forma o Moreirense que é muito valoroso e provou isso hoje. Demos uma boa resposta, mas temos ainda 90 minutos para jogar e discutir o nosso objetivo.
[Como recuperou o grupo da não subida direta] Quem está atento ao Chaves e viu a nossa caminhada, verificou que em determinada altura da época tivemos alguns jogos menos conseguidos por motivos de lesão e covid-19. Foi uma época extremamente difícil, com grupos de treino diferentes. Quando conseguimos trabalhar juntos, mais tarde, ficamos um grupo forte, todos unidos. Os jogadores sentiram isso e foi feito um trabalho de acreditar. Conquistámos 18 vitórias no campeonato e só uma equipa com qualidade pode fazer isso.
Hoje, tínhamos de realizar um jogo de superação, com enorme atitude competitiva e os jogadores deram uma boa resposta, acreditam neles mesmos e uns nos outros.
[Estratégia para a segunda mão] Devemos ser inteligentes e jogarmos da mesma forma. Sabemos e vimos que o Moreirense joga direto, procura bolas paradas e temos de ser uma equipa que pressione para não permitirmos isso. É um adversário de enorme valor.
Teremos de ser um Chaves no nosso melhor para fazermos um jogo muito sério, muito responsável. O que nos caracteriza é que procuramos ser a extensão do povo flaviense, de todos os transmontanos dentro de campo. É um povo de trabalho e que acredita muito nas capacidades que tem”.