O pico do número desempregados inscritos nos centros do IEFP, na região Norte, foi em agosto de 2020, nessa altura contavam-se 158.013 registos. Nos três meses seguintes os valores caíram de forma consistente até novembro, quando havia 149.421 desempregado inscritos nos Centros de Emprego da região Norte. O ano terminou com uma nova subida, com 150.308 registos de pessoas à procura de emprego, no Norte.
Os números da região acompanham, de certa forma, a tendência nacional. Na globalidade dos Centros de Emprego de Portugal continental, o número máximo de inscritos, em 2020, atingiu-se em maio (384.504). Os valores mantiveram-se relativamente estáveis até setembro, nessa altura havia 383.894 inscritos. Outubro e novembro foram meses de diminuição, 377.196 e 371.576. No último mês de 2020, registou-se uma nova subida do número de desempregados inscritos no IEFP, a nível nacional (375.150).
Olhando para o Minho, o comportamento dos números, no mês de dezembro de 2020, no Alto Minho acompanhou a tendência do Norte e do todo nacional, com aumentos do número de desempregados em quase todos os concelhos, à exceção de Valença, Melgaço e Ponte da Barca; já entre os concelhos do distrito de Braga, só houve aumento de inscrições no IEFP em dezembro, em Celorico de Basto e Terras de Bouro.
Na grande maioria dos concelhos do Minho, o recorde de desempregados inscritos, em 2020, registou-se algures entre abril e maio, durante o período do primeiro confinamento. Na segunda metade do ano, viu-se o número de inscritos no IEFP diminuir, com algumas oscilações. Entre os maiores concelhos minhotos, Viana do Castelo teve o registo mais alto em maio (2.791) e terminou o ano com 2.347; Barcelos atingiu o valor mais alto também em maio (3.131) e acabou o ano com 2.603; Braga, com um pequeno desvio, viu o desemprego mais elevado em julho e agosto (7.754 em ambos os meses) e acabou o ano com 7.081; Em Famalicão o máximo foi em maio (5.027) e o ano fechou com 4.586; Guimarães foi o concelho onde o número de desempregados inscritos no IEFP se atingiu mais tarde, apenas em setembro (7.337), o ano fechou com 6.594 desempregados inscritos, no concelho da Cidade Berço.
Em comparação com o mês homologo do ano anterior Famalicão, com mais 35,1% de desempregados inscritos e Viana do Castelo, com mais 35%, são os concelhos com maior variação do desemprego no Minho. Segue-se Guimarães com um aumento de 18,8% do número de desempregados, quando se compara dezembro de 2020 com o mesmo mês de 2019. Os números do concelho de Barcelos são idênticos, com uma variação de mais 18% do número de pessoas à procura de emprego relativamente ao final do ano de 2019. Entre os grandes concelhos do Minho, Braga terminou o ano com a menor variação homologa, o número de inscritos no IEFP da Cidade dos Arcebispos é 13% mais elevado em dezembro de 2020 que era no último mês de 2019.
Na região Norte a variação do número de inscritos entre o último mês do ano de 2019 e dezembro de 2020, foi de mais 21%. Já em Portugal continental, comparando o número de inscritos nos Centros de Emprego, nos meses de dezembro de 2019 e 2020, a variação foi de mais 30,1%. Conclui-se que o Norte, na generalidade, teve uma capacidade de preservar empregos maior que outras regiões do país. Olhando para o Minho e particularmente para os maiores concelhos, Viana do Castelo e Famalicão tiveram desempenhos piores que Portugal continental e claramente piores que a região Norte. Guimarães, Barcelos e principalmente Braga tiveram uma performance relativamente ao emprego melhor que Portugal continental e que a região Norte.