Vídeos partilhados nas redes sociais na passada segunda-feira denunciam uma descarga de águas residuais num ribeiro em Vila Frescainha S. Martinho, Barcelos. Questionada por O MINHO, a Águas de Barcelos, empresa concessionária da água e saneamento naquele concelho, diz que se tratou de “uma intervenção urgente de limpeza de areias que impedia a adequada bombagem do efluente”.
“Infelizmente isto continua a acontecer. Urge encontrar uma solução para acabar com estes atentados ambientais”, defende Jorge Lima, que partilhou os vídeos no grupo Barca – Associação Amigos do Cávado.
A Águas de Barcelos refere que, naquele local, “existe a maior Estação Elevatória de Águas Residuais do concelho de Barcelos” que se trata “uma infraestrutura que trabalha ininterruptamente 365 dias por ano, para fazer chegar os efluentes até à ETAR de Barcelos”.
Na resposta a O MINHO, a empresa justifica que, “devido a uma intervenção urgente de limpeza de areias que impediam a adequada bombagem do efluente, foi necessário fazer uma paragem de urgência entre as 08:30 e as 10:30 de 2ª feira, dia 14 de dezembro”.
Portanto, a empresa nota que os vídeo reportar-se-ão “ao referido período de paragem de 2 horas”.
A Águas de Barcelos afirma que, “não obstante estas paragens serem esporádicas, as mesmas são inevitáveis, uma vez que a acumulação de areias provenientes das águas pluviais indevidamente drenadas na rede pública de saneamento, impedem o seu bom funcionamento”.
“Quando este tipo de ocorrências obrigam à paragem do sistema, a Águas de Barcelos tudo faz para que elas ocorram no menor tempo possível, mobilizando meios e equipas para que tal aconteça”, garante a empresa.
E acrescenta: “Da mesma forma, quando ocorrem obstruções na rede pública de saneamento motivadas pelo despejo indevido de resíduos domésticos, tais como óleos e outros resíduos sólidos urbanos, a Águas de Barcelos mobiliza todos os meios para minimizar o impacto ambiental da obstrução”.
A esse propósito, a empresa aproveita “para lançar um apelo a todos os utilizadores dos sistemas de drenagem e tratamento de água residuais para não despejarem óleos nas redes de saneamento, as quais devem ser depositadas nos oleões”.
