Um cidadão de Este S. Pedro, em Braga, detetou, hoje, uma descarga poluente, de origem doméstica no rio Este, junto ao Moinho da Ponte, um local onde as águas são cristalinas e onde vivem muitos peixes.
Em declarações a O MINHO, Valter Fonseca, que vive perto do local, contou que, de repente, a água, que ali é límpida, começou a ficar branca e com espuma algo gordurosa, situação que se prolongou por alguns minutos, mas que acabou por se esvanecer.
“Gosto de ver o rio limpo e com peixes de todos os tamanhos e fico incomodado com este tipo de atentados”, vincou, sublinhando que não é compreensível que haja algum morador que faça descargas poluentes, até porque há crianças que ali tomam banho.
Valter Fonseca, que é vigilante da natureza ao serviço da GNR, ainda ligou para o SEPNA da GNR (o serviço de proteção ambiental da Guarda) mas julga que já não chegaram a tempo.
Contactado a propósito, o vereador do Ambiente da Câmara de Braga, Altino Bessa, enalteceu o cuidado e a preocupação do cidadão, mas pede-lhe, bem como a todos os outros bracarenses, que, em casos semelhantes liguem, de imediato, para o número verde da Proteção Civil municipal (800 45 10 10).
“Temos uma equipa pronta para tentar descobrir, em casos semelhantes, de onde vem a descarga. Mas a comunicação tem de ser feita, de imediato, para que se possa chegar a tempo”, sublinha.
O autarca sublinha que no rio Este acabaram as descargas de tipo industrial de outrora, subsistindo, no entanto, as descargas domésticas, feitas, muitas vezes, ou diretamente para o curso de água ou para as sarjetas que a ele conduzem: “Há quem deite restos de tinta, de resíduos da limpeza de garagem ou gorduras de outro tipo”.
A este propósito, Valter Fonseca, que tem como hábito monitorizar o que se passa no rio, diz que, de facto, há muitos meses que não vê descargas maiores, as de tipo industrial.