País
Desaconselhadas “expectativas excessivas” quanto à vacinação
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O Presidente da República desaconselhou hoje “expectativas excessivas” quanto à vacinação, referindo que esse processo levará “vários meses”, mesmo para os grupos prioritários, e defendeu que “toda a facilidade é errada e toda a prevenção é imperativa”.
Marcelo Rebelo de Sousa deixou este alerta numa comunicação ao país, a partir do Palácio de Belém, em Lisboa, em que anunciou a renovação do estado de emergência até 23 de dezembro, com a perspetiva do seu prolongamento até 07 de janeiro.
“O que se sabe acerca de vacinas, nomeadamente das duas primeiras a aguardarem aprovação da Agência Europeia de Medicamentos (AEM) confirma o que aqui disse a 20 de novembro: a sua chegada a todos os portugueses que a queiram receber, sem exclusão de ninguém, muito menos por guetos de idade, obedece a calendários prolongados no tempo”, disse.
O chefe de Estado salientou que “é, pois, uma matéria de vários meses, não de dias ou de semanas, mesmo para os projetados grupos prioritários”.
“É bom que isto fique claro para que se não criem expectativas excessivas e, portanto, desilusões imediatas. Logo, toda a facilidade é errada e toda a prevenção é imperativa, ao longo de dezembro como no arranque de 2021”, acrescentou.
O atual estado de emergência teve início no dia 24 de novembro e termina às 23:59 da próxima terça-feira, 08 de dezembro. Esta renovação tem efeitos a partir das 00:00 de quarta-feira, 09 de dezembro.
De acordo com a Constituição, este quadro legal que permite a suspensão do exercício de alguns direitos, liberdades e garantias, não pode durar mais de 15 dias, sem prejuízo de eventuais renovações com o mesmo limite temporal.
Marcelo Rebelo de Sousa referiu que “o período de renovação do estado de emergência hoje decretado termina em cima do Natal, na noite do dia 23, aconselhando – e foi esse o entendimento de partidos, do Governo, da Assembleia da República – que se trace já o que se perspetiva para além do dia 23, ou seja, por um mês, a concluir no dia 07 de janeiro de 2021”.
Contudo, ressalvou que “não se trata de deixar de cumprir a Constituição da República Portuguesa, que obriga a períodos máximos de 15 dias para estado de emergência e suas renovações” e que “antes de dia 23 haverá, como deve haver e sempre tem havido, iniciativa do Presidente da República, audição dos partidos, parecer do Governo, autorização da Assembleia da República e decreto do Presidente da República”.
A atual renovação do estado de emergência foi hoje aprovada na Assembleia da República com votos a favor de PS e PSD, abstenções de BE, CDS-PP e PAN e votos contra de PCP, PEV, Chega e Iniciativa Liberal.
Este é o sexto decreto de estado de emergência de Marcelo Rebelo de Sousa na atual conjuntura de pandemia. Este quadro legal vigorou durante 45 dias entre 19 de março e 02 de maio, e foi novamente declarado passados seis meses, estando em vigor desde 09 de novembro.
Em Portugal, já morreram 4.803 pessoas com covid-19, num total de 312.553 casos de infeção confirmados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde (DGS).

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O diretor do Departamento de Qualidade na Saúde da Direção-Geral da Saúde (DGS), Válter Fonseca, considerou hoje “prematuro” encarar a covid-19 como doença crónica, apesar do registo de persistência de sintomas em doentes recuperados meses após a infeção.
Em declarações prestadas no âmbito da audição na Comissão Eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à pandemia e do processo de recuperação económica e social, na qual acompanhou a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, o responsável garantiu, porém, que essa situação está a ser acompanhada pelas autoridades.
“É um conjunto de dados que ainda é prematuro dizer que há uma forma crónica desta doença. É uma doença causada por um vírus, dá infeções agudas e pode haver alguma persistência de sintomas nos meses a seguir à infeção. É algo que é prematuro dizer que há uma forma crónica desta doença”, começou por dizer Válter Fonseca.
E o diretor do Departamento de Qualidade na Saúde na DGS acrescentou: “Está a ser acompanhada a vários níveis, não só nos próprios hospitais – alguns dos quais desenvolveram consultas de seguimento destes doentes para monitorizar esta evolução -, mas também a nível da comunidade científica, quer nacional, quer internacionalmente, e é algo que, através destes fóruns, a DGS acompanha para que, na eventualidade de se tornarem mais sólidas as evidências nesta área, se possa intervir em conformidade”.
As declarações de Válter Fonseca surgiram na sequência de um estudo apresentado pelo epidemiologista e presidente do Conselho Nacional de Saúde, Henrique Barros, na última reunião do Infarmed, na terça-feira, onde revelou que cerca de 25% a 30% das pessoas que tiveram covid-19 mantêm sintomas além de oito meses após a recuperação, o que transforma esta doença numa patologia crónica.
Portugal contabilizou hoje 159 mortes, um novo máximo de óbitos relacionados com a covid-19 em 24 horas, e 10.663 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo a DGS.
O boletim epidemiológico da DGS indica ainda que estão internadas 4.560 pessoas, mais 192 do que na quinta-feira, das quais 622 em cuidados intensivos, ou seja, mais 11, em ambos os casos, também novos máximos.
Desde o início da pandemia, em março de 2020, Portugal já registou 8.643 mortes associadas à covid-19 e 528.469 infeções pelo vírus SARS-CoV-2, estando hoje ativos 125.861 casos, mais 4.046 do que na quinta-feira.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, admitiu hoje que o período de confinamento atualmente em vigor em Portugal possa estender-se até março, alertando para a importância de achatar a curva de contágios.
“O que importa neste confinamento é muito simples, é achatar a curva, inverter a tendência e fazê-lo o mais rapidamente possível, isto é, limitar o período que estamos a viver ao mês de janeiro e porventura ao mês de fevereiro, ao primeiro trimestre deste ano, e não deixarmos deslizar para o segundo trimestre do ano”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, depois de questionado pelos jornalistas em Belém no final de uma audiência com um cidadão português, sobre o novo confinamento que entrou hoje em vigor.
De seguida, acrescentou: “Deslizar significa prolongar e aprofundar a crise económica e social, que também vai deslizando, o que significa depois que é mais difícil o controlo tardio dos acontecimentos”.
“Este confinamento é diferente do anterior, em março foi mais rigoroso, mais drástico, mais dramático, pelo inesperado, pelo improviso e pelo choque que foi para os portugueses, que hoje sabem mais acerca da pandemia, estão mais conscientes e percebem o que importa fazer neste confinamento”, acrescentou.
Para o Presidente, “a vacinação avança mais lentamente que a pandemia”, por isso é preciso “controlar a pandemia para dar tempo à vacinação para recuperar este desfasamento”.
Marcelo Rebelo de Sousa admitiu que “olhando para as ruas fica-se com a sensação de que o confinamento é menos forte, menos radical que o primeiro, e é, basta que as escolas estejam abertas”, mas salientou que “é importante que os portugueses o vivam ajudando a que seja eficaz, e tem de ser eficaz”.
Nas declarações aos jornalistas, o Presidente, quando questionado sobre se admitia que o confinamento durasse durante todo o primeiro trimestre, chamou a atenção para a necessidade de haver equilíbrio e ponderação.
“É um problema de equilíbrio e ponderação, aquilo a que se chegou de equilíbrio nas medidas e neste arranque da sua aplicação, que se espera que seja eficaz, atendeu aos vários fatores em presença, e agora é fundamental que os portugueses entendam que a aplicação que vier a ser feita neste primeiro período da quinzena imediata corra bem, porque há uma reponderação no fim da primeira quinzena antes de se avançar para aquilo que foi previsto numa perspetiva de um mês”, concluiu o chefe de Estado.
Portugal contabilizou hoje 159 mortes, um novo máximo de óbitos relacionados com a covid-19 em 24 horas, e 10.663 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).
O boletim epidemiológico da DGS indica ainda que estão internadas 4.560 pessoas, mais 192 do que na quinta-feira, das quais 622 em cuidados intensivos, ou seja, mais 11.
A pandemia de covid-19 já matou 8.543 pessoas em Portugal dos 528.469 casos de infeção confirmados, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

É esta a chave do sorteio do Euromilhões desta sexta-feira, 15 de janeiro: 4, 10, 27, 38 e 40 (números) e 3 e 11 (estrelas).
Em jogo para o primeiro prémio está um valor de 55 milhões de euros.
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