Os comunistas do distrito de Braga reuniram-se este sábado, nas Taipas, Guimarães, para a XII Assembleia da Organização Regional de Braga do PCP, onde a cabeça-de-lista pela CDU em Braga às próximas legislativas, Sandra Cardoso, afirmou a importância de ter deputados da CDU na Assembleia da República.
“Os deputados da CDU têm sido incansáveis, indispensáveis e insubstituíveis para que na AR se fale das pessoas e dos seus problemas. É necessário eleger deputados deste distrito que sejam sérios, honestos. Que digam e façam em Lisboa aquilo que dizem aqui na região. Estes deputados só existem na lista da CDU que entregamos na passada quinta-feira no Tribunal”, declarou a candidata.
Sob o lema “Por um distrito melhor, tomar a iniciativa com um partido mais forte”, os comunistas procuraram analisar a situação política, social e económica da região, no sentido de “melhor preparar a intervenção do PCP na defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo minhoto”.





“Prestar contas ao coletivo partidário da intervenção e trabalho do Partido desde a última AORB, eleger uma nova Direcção Regional e definir as linhas prioritárias para o reforço da organização foram os principais objetivos deste evento”, refere a organização, em comunicado enviado a O MINHO.
A resolução política e as diversas moções foram aprovadas por unanimidade, bem como a nova direção regional, aponta a mesma nota.
Foram também aprovadas moções em defesa da Paz, de saudação à Revolução do 25 de Abril e sobre os próximos atos eleitorais apelando ao reforço da CDU.
Belmiro Magalhães, membro da Comissão Política do Comité Central e responsável da Organização Regional, referiu na intervenção de abertura que “a principal questão que se coloca nesta Assembleia é consolidar caminhos com vista ao reforço da organização partidária. Este é o elemento que fará a diferença na nossa capacidade de intervir politicamente para dar resposta a uma situação política que se prevê ficar ainda mais exigente. Temos uma grande responsabilidade. Intervimos num distrito muito grande, um dos maiores do País, com quase 850 mil pessoas”.
Na intervenção de encerramento, Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP, afirmou a urgência de “pôr fim à promiscuidade entre o poder político e o poder económico e à corrupção que lhe está aliada”.
“O país já percebeu que Luís Montenegro não pode explicar mais nada porque não há explicação possível para o que fez, o que não poderia ter feito e o que devia ter feito e não fez. Quis e quer garantir a todo o custo salvar duas questões: a sua imagem e os privilégios, benefícios e os negócios dos grupos económicos”, prosseguiu.
Para Paulo Raimundo, “não basta derrubar o Governo, é mesmo preciso derrotar uma política que, independentemente de quem a realize, não serve e não pode continuar, é negativa pelo que fez e pelo que ambiciona fazer”.