O deputado do PS eleito por Viana do Castelo, José Manuel Carpinteira, afirmou hoje ter pedido à ministra da Saúde um “reforço” orçamental para a Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM), que “está há anos suborçamentada”.
Em comunicado, o deputado socialista refere que o pedido foi feito durante uma audição a Marta Temido, no âmbito da discussão, na especialidade, do Orçamento do Estado (OE) para 2019.
Para José Manuel Carpinteira, a ULSAM “está subfinanciada desde 2011, recebendo, per capita, abaixo da média nacional, apesar da complexidade e da dispersão geográfica”.
“Este continuado subfinanciamento tem prejudicado os necessários investimentos e um progressivo aumento da dívida a fornecedores”, acrescenta, esperando “uma resolução do problema em breve tendo em consideração as alterações previstas ao modelo de financiamento dos hospitais e a ação estratégica na recuperação do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
A ULSAM integra os hospitais de Santa Luzia, em Viana do Castelo, e Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima, 13 centros de saúde, uma unidade de saúde pública e duas de convalescença, servindo uma população residente superior a 250 mil pessoas. No total, a ULSAM emprega mais de 2.500 profissionais.
José Manuel Carpinteira adiantou ter destacado que a ULSAM “tem vindo a melhorar os indicadores de acessibilidade, desempenho e qualidade”, mas que essa “melhoria na prestação de cuidados de saúde, assim como as várias medidas e alterações legislativas, têm levado a um aumento significativo da despesa, sem a devida compensação orçamental”.
O deputado socialista eleito pelo Alto Minho revelou ainda que “é reconhecido o esforço considerável que a administração e os profissionais de saúde têm vindo a fazer para a melhoria dos serviços”, alertando que “existem algumas carências que urge resolver, nomeadamente em recursos humanos e equipamentos”.
“Para ultrapassar essas dificuldades é fundamental reestruturar o financiamento desta Unidade de Saúde, porque de acordo com a Administração, a situação já ultrapassou o limite em termos orçamentais e financeiros”, defendeu o deputado.