O deputado do PS na Assembleia Municipal de Braga, João Nogueira, recordou, na passada sexta-feira, que o início do Nacional Socialismo começou com discursos populistas e conseguiu assim angariar muitos eleitores, levando ao caminho que o mundo hoje conhece.
O comentário veio a propósito de uma intervenção da candidata à Câmara de Braga pelo Chega, Jenny Santos, que havia declarado, durante o período reservado às intervenções do público, que o partido que representa “não é de extrema direita”.
Essa intervenção, que levou à saída da sala de alguns vereadores, deputados e presidentes de Junta, assentava numa crítica da candidata perante Ricardo Rio, presidente da Câmara, por este ter dito que o Chega não tinha credibilidade no concelho.
Vereadores, deputados e autarcas abandonam Assembleia de Braga durante intervenção do Chega
Jenny Santos participou desta assembleia com uma t-shirt, onde se liam inscritos que afastavam o Chega de atos racistas ou xenófobos. Mas a indumentária não convenceu Nogueira.
Já no período antes da ordem do dia, João Nogueira decidiu tomar a palavra e recordar que, no início da assembleia, houve uma intervenção que o fez “recuar aos livros de história do Budenstatg que começou em 1933”.
“E começou assim também, devagarinho, quase sem ninguém dar conta, captando a população com propostas populistas, dizendo coisas bonitas de ouvir”, disse João Nogueira, recordando os “alicerces do Nacional Socialismo que até motivou muita gente”.
“Portanto, vamos estar muito atentos”, concluiu o deputado.