A deputada do PCP Carla Cruz informou esta sexta-feira ter pedido esclarecimentos ao Governo sobre a falta de médico de família na extensão de saúde de Vila Nova de Anha, Viana do Castelo, que serve cerca de 500 utentes.
No requerimento dirigido a deputada comunista questiona o Ministério da Saúde se “pondera contratar um médico” para aquela unidade e pretende “integrar” esse profissional de saúde “nos quadros e com vínculo permanente”.
Se essa for a intenção do Governo, Carla Cruz quer saber quando “procederá à abertura do procedimento concursal”.
Na quarta-feira, o presidente da Junta de Vila Nova de Anha, freguesia da margem esquerda do rio Lima, alertou para o “alarme social, sobretudo, na população mais idosa” que a falta de médico está causar.
José Filipe Silva manifestou-se “preocupado””com as pessoas de uma faixa etária mais avançada, com mais dificuldade em recorrer ao centro de saúde de Darque, por falta de meios próprios de transporte ou por razões de mobilidade”.
No requerimento, datado de 28 de dezembro, a deputada do PCP pediu ainda esclarecimentos sobre a “perspetiva futura da extensão de saúde de Vila Nova de Anha”.
O presidente da Junta de Vila Nova de Anha, eleito nas eleições autárquicas de outubro, revelou ter reunido, em novembro com o conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) mas lamentou “não ter recebido ainda uma resposta formal afirmativa quanto à reposição daquele serviço”.
“Foi-nos comunicado que o serviço em causa seria reposto de forma célere, não obstante o desenvolvimento de esforços e negociações no sentido de se atingir uma solução duradoura e definitiva para esta questão mas até agora continua tudo na mesma”.
Na altura, contactado pela Lusa, o presidente do conselho de administração da ULSAM, Frankelin Ramos assegurou que “apesar deste inconveniente os cuidados de saúde estão sempre assegurados no Centro de Saúde de Darque que dista 2,5 quilómetros da referida extensão”.
“Dentro do possível a ULSAM está a fazer as diligências necessárias no sentido de resolver a situação mas, neste momento, não há médico para colocar na extensão de saúde”, frisou.
Aquela extensão de saúde, localizada nas instalações do centro social paroquial, “já serviu cerca de 1.500 utentes mas ao longo dos anos, devido à instabilidade do serviço, foi perdendo utentes, contando atualmente com cerca de 500”.
“As pessoas foram pedindo a transferência para outros serviços de saúde porque há vários anos que a extensão vive esta instabilidade, ora tem ora não tem médico de família”, reforçou José Filipe Silva.