A Aliança Povo/MFA, tão celebrizada nos alvores da Revolução do 25 de Abril de 1974, realizou-se agora na “conservadora” cidade de Braga, graças ao Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, um “milagre” naquela que é a chamada Roma Portuguesa, face à curiosidade dos transeuntes, com quem as Forças Armadas foram ter, posicionando-se ao longo da Avenida Central, como nos tempos do MFA, o Movimento das Forças Armadas, um facto curioso a dois anos do cinquentenário da Revolução dos Cravos.
Desde sexta-feira, quando “aterrou” na zona central da Arcada, um Caça F16 da Força Aérea Portuguesa, a alegria do povo bracarense têm sido as demonstrações militares, desde logo durante o fim de semana, mas especialmente a partir desta segunda-feira, com o pleno dos três ramos das Forças Armadas, Exército, Força Aérea e Marinha, distribuindo-se pelas suas múltiplas valências, permitindo a interação dos mais curiosos.
Uma das maiores atrações de gente de todas as idades é entrar no Caça F16 da FAP, mas também numa série de carros militares de combate, as mais antigas conhecidas como chaimites (com as suas “lagartas”, as rodas a andarem sob os corta caminhos), mas que agora são veículos militares mais moderno, casos das Pandur II 8×8 às Panhard M 11, mas também viaturas mais ligeiras, só que não menos eficientes, como as Viaturas Táticas Ligeiras Blindadas VAMTAC ST5, para os mais ousados Piscina de Batismo de Mergulho, uma estrutura dos Mergulhadores da Marinha, onde os jovens experimentam os seus dotes debaixo de água.
O Sistema Aéreo Não Tripulado RAVEN também desperta a curiosidade do público, a par dos aparelhos e mecanismos que permitem as pessoas “voarem” de uma forma interativa, com óculos que os transportam a outros ambientes, mas torna-se fastidioso enumerar aquilo de que dispõe o público, até ao próximo domingo (as atividades e demonstrações militares vão manter-se dois dias depois das cerimónias do Dia 10 de Junho, estas também a preceito, já na sexta-feira, até ao fundo da Avenida da Liberdade).
À noite os concertos das bandas militares têm enchido de público a Avenida Central, enquanto mesmo com a presença, em Braga, do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, os dias são passados entre as tendas militares, na principal avenida pedonal do centro da cidade, a Central, não só com os mais jovens a experimentarem as armas das tropas especiais, dos Comandos aos Rangers, passando pelos Fuzileiros, mas também noutras áreas fundamentais, como o Laboratório Nacional do Medicamento (que fabrica, entre outros os chamados “medicamentos órfãos”, isto é, aqueles que não são produzidos pelas farmacêuticas, já que não dão suficientes margens de lucro), até ao Centro de Informação Geoespacial do Exército, ao Apoio Militar de Emergência, ao Hospital de Campanha e aos Rastreios de Saúde, para dar alguns dos exemplos.