Demolição de fábrica de pirotecnia ilegal em Tui arrancou hoje

A demolição da fábrica de pirotecnia La Gallega, em Baldráns, Tui, na Galiza, do mesmo proprietário de um armazém ilegal que explodiu em maio, começou hoje, dando cumprimento a uma sentença do Tribunal de Pontevedra, informou o município.

Em comunicado, a Câmara de Tui adiantou que os trabalhos de demolição, hoje iniciados, foram antecedidos de uma operação de remoção de 2.800 quilos de material explosivo do interior das instalações.

O município galego, na fronteira com o concelho de Valença, no distrito de Viana do Castelo, adiantou que a remoção daquele material ficou concluída no último fim de semana e envolveu Especialistas em Desativação de Artefactos Explosivos (TEDAX) da Guarda Civil e da equipa de Intervenção de Armas daquela força policial.

A remoção do material pirotécnico e explosivo que se encontrava no interior das instalações da fábrica ilegal, com vista à demolição das 25 cabines existentes no complexo industrial, foi iniciada no dia 28 de novembro.

A demolição hoje iniciada ocorre seis meses depois da explosão de um armazém clandestino de material pirotécnico na localidade de Paramos e Guillarei.

Na sequência daquela explosão morreram duas pessoas, 37 ficaram feridas, sendo que 31 casas foram totalmente destruídas e 300 danificadas, afetando um total de 800 pessoas.

O proprietário do armazém clandestino está em prisão preventiva desde a explosão, em maio passado. Além daquele armazém, Francisco Lameiro detém ainda uma fábrica de pirotecnia La Gallega, situada na localidade de Baldráns, que hoje começou a ser demolida.

O homem encontra-se indiciado pela prática dos crimes de homicídio por negligência, danos e lesões por negligência, risco de catástrofe e posse ilegal de explosivos.

O presidente da Câmara de Tui, Carlos Vázquez Padín, citado na nota hoje enviada, disse esperar que “a demolição esteja concluída antes do final do ano, sublinhando que o tribunal prorrogou para o dia 15 de janeiro 2019”.

O projeto de demolição daquela fábrica, elaborado pela Câmara de Tui, resulta de uma sentença do Tribunal Superior de Justiça que determinou, em 2015, a suspensão da atividade daquela unidade.

 
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