A multinacional Delphi juntou-se ao rol de Embaixadores Empresariais bracarenses. Sediada em Braga desde 1965, a empresa percorreu um longo caminho desde a produção dos primeiros auto-rádios até à alta tecnologia dos dias de hoje, tornando-se num dos maiores exportadores a nível nacional.
Trata-se de uma empresa de referência internacional no setor que, segundo Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga, está “umbilicalmente lidada à história” da cidade.
“Este é mais um reconhecimento por parte do Município para com um dos maiores empregadores privados do concelho. A sua capacidade tecnológica, produtiva e inovadora, aliada à projeção que tem dado a Braga ao longo dos 50 anos de permanência na cidade, fazem com que esta nomeação seja encarada com toda a naturalidade”, salientou o autarca, durante uma visita às instalações da Delphi, que decorreu esta quarta-feira.
Como referiu o Ricardo Rio, a empresa “tem vindo a crescer ao longo dos últimos anos, fruto da capacidade de atrair para Braga os projetos que vão sendo desenvolvidos dentro do Grupo Delphi, e esse facto tem contribuído para alargar o ‘cluster’ eletrónico e tecnológico bracarense”.
A Delphi aposta na produção de componentes eletrónicos, auto-rádios e sistemas de navegação que exporta para todo o mundo. Com 600 colaboradores a empresa calcula fechar o ano de 2015 com uma faturação de 300 milhões de dólares. Para 2016, a Delphi prevê atingir os 400 milhões de dólares e, consequentemente aumentar o número de colaboradores. A garantia foi dada por Rui Enes, administrador da Delphi Portugal e responsável pela fábrica de Braga.
“Não conseguimos atingir os objetivos sem pessoas extremamente qualificadas. Neste momento temos números concretos para afirmar que no próximo ano vamos proceder à contratação de mais de 100 colaboradores” afirmou.
“Somos uma das fábricas em que a Delphi mais está a investir. Este ano investimos 12 milhões de euros numa nova plataforma que nos vai permitir duplicar a produção para seis mil unidades diárias de um novo modelo de auto-rádio com sistema de navegação, para serem aplicados não só no grupo Volkswagen, mas também na Audi e na Porsche”, referiu o responsável.
No entanto, o investimento não se fica por aqui, segundo Rui Enes, “a Delphi está a criar condições para aumentar a sua capacidade de produção em todas as linhas e estes investimentos são a demonstração do grande futuro da nossa fábrica de Braga”, concluiu, o administrador, mostrando-se “lisonjeado e reconhecido” pela nomeação de Embaixador Empresarial de Braga, “papel que a Delphi tem vindo constantemente a desempenhar nos Países em que está presente”.
Por seu turno Carlos Oliveira, presidente da InvestBraga, considerou que a Delphi é uma empresa relevante para o futuro económico da Região.
“Do ponto de vista da criação de emprego, do aumento das exportações de Braga e do norte do país, a Delphi assume o papel de embaixador empresarial com toda a naturalidade”.
Para Carlos Oliveira, esta é também uma “oportunidade para a InvestBraga promover um ambiente adequado” entre todos os agentes tecnológicos para que Braga se possa afirmar cada vez mais no sector.
“No futuro os automóveis serão computadores com rodas, por isso queremos posicionar Braga na liderança do setor”, concluiu.
A história da instalação da fábrica da Grundig em Braga foi um dos pontos que marcou a visita, com Rui Enes a explicar que há 50 anos Max Grundig visitou Portugal, persuadido por um colaborador português, em busca de uma cidade para instalar a sua empresa. Após conhecer algumas cidades do Norte do País, Max Grundig escolheu Braga para concretizar esse investimento. A localização geográfica e o facto do terreno, que à data custou 900 contos, ser atravessado pelo rio Este, tiveram grande influência para que Max Grundig “ficasse enamorado pelo local” e escolhesse a cidade de Braga para a instalar da empresa alemã.