O atual bispo de Coimbra, D. Virgílio Antunes, que esta semana assinalou os 10 anos de ordenação episcopal e de entrada naquela diocese, deverá ser o novo arcebispo de Braga, confirmou O MINHO junto de diversas fontes eclesiásticas e da Nunciatura Apostólica.
D. Virgílio Antunes coloca “no centro o povo de Deus e os leigos”, mas sem “limitar o específico de cada vocação”, afirmou esta semana, em entrevista à Agência ECCLESIA, onde vai mais longe, referindo que “conservar, manter ou fazer dos templos um museu, da Igreja uma recordação do passado, do povo de Deus um guardião de tradições, não a faz crescer em fé, esperança, caridade ou comunhão”, preconizando-se mais proatividade.
Terna chegou a D. Virgílio Antunes
A terna (a lista com a escolha pré-eliminatória dos três mais prováveis candidatos finais para um cargo eclesiástico) apontava D. Virgílio Antunes (Coimbra), D. José Cordeiro e D. António Moiteiro (Aveiro), este último prelado que foi anteriormente bispo auxiliar de Braga, mas o documento apresentado pelo núncio apostólico em Lisboa, D. Ivo Scapolo, e consultada a Congregação para os Bispos, Papa Francisco optou por D. Virgílio Antunes.
O ainda bispo de Coimbra tem 69 anos, nasceu a 22 de setembro de 1961 e foi ordenado bispo de Coimbra, dia 3 de julho de 2011, na Basílica da Santíssima Trindade, em Fátima, tendo entrado solenemente para a Diocese de Coimbra a 10 de julho de 2011, há dez anos. De resto, D. Virgílio Antunes esteve em foco, ao longo de todo esta semana, a propósito das várias iniciativas que assinalaram a sua década consecutiva de trabalho na Diocese de Coimbra, concedendo, por isso, várias entrevistas, uma das quais à Agência ECCLESIA.
Na mesma entrevista, além de fazer um balanço dos últimos dez anos à frente da Diocese de Coimbra, D. Virgílio Antunes diz haver “um caminho iniciado com alguns resultados, mas, para uma pessoa realista, estamos longe de ter uma Igreja pujante, estamos, sim, conscientes de estarmos no caminho certo, pois quando lemos documentos do magistério da Igreja, onde vamos beber as inspirações, sentimos a confirmação do que procuramos fazer e sentimo-nos confirmados nos caminhos a percorrer”, afirmou naquela entrevista.
“A preocupação de não considerar que tudo é igual, que tudo tem de cumprir um plano pastoral da mesma forma, deixamos as principais intuições, que são fruto da consulta ao povo de Deus – aos conselhos pastorais, catequistas e outros, e, depois fazemos uma síntese para colher linhas fundamentais”, afirma o novo arcebispo de Braga, dizendo “ser um trabalho que abre horizontes diferentes. Deixamos que cada unidade pastoral defina os seus objetivos mais detalhados, as suas ações, depois propomos a grelha de avaliação, porque quem não faz a avaliação, poderá estar sempre no mesmo lugar sem se dar conta”.