Dois socorristas da Delegação de Ribeirão da Cruz Vermelha Portuguesa efetuaram um resgate diferente do habitual, ao libertarem uma ave de rapina que se encontrava presa no pavilhão que alberga aquela delegação do movimento internacional de socorro, em Ribeirão, a sul do concelho do Famalicão.
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Habitualmente integrada em zonas urbanas do nosso país, com maior incidência as regiões Centro e Sul, a ave é facilmente reconhecida por ter a face achatada e em forma de coração, quase sempre branca, para além de olhos negros ou bastante escuros, com plumagem acastanhada clara.
“Esta coruja andava a sobrevoar a nossa delegação. De alguma forma conseguiu entrar no nosso pavilhão e ficou presa. Dois dos nossos socorristas conseguiram ajudá-la e foi devolvida à natureza, onde pertence”, escreve a CVP na sua página de Facebook, mostrando um dos socorristas e a ave, uma coruja-das-torres (Tyto alba), ave de rapina noturna e crepuscular que atinge quase meio metro de comprimento e um metro de envergadura.
Este tipo de coruja alimenta-se de pequenos roedores, anfíbios e insetos, nidifica ‘onde calha’, mas sobretudo em zonas florestais próximas de urbanizações, é tipicamente solitária e cria os filhos sozinha.
De acordo com a associação de conservação CERVAS, a população de coruja-das-torres, em Portugal, é “estável com distribuição cosmopolita, ocorrendo por todo o país”.
Como ameaças, elenca a mesma fonte, estão a “intensificação e crescente mecanização da agricultura, demolição e reconversão de edifícios antigos, uso de agro-químicos, veneno para eliminar roedores e colisão com viaturas”.