O falecimento de Henrique Moura, ex-vereador da Câmara Municipal de Braga e ex-presidente da extinta Comissão Regional de Turismo Verde Minho, é uma perda para a cidade. Socialista dos quatro costados e homem do 25 de abril era um democrata, pese embora não perdesse uma oportunidade para zurzir nos amigos ditos de direita, como era o meu caso. Porque não se poupava a polémicas para defender o PS e a obra socialista na Câmara.
Até nos zangámos no Facebook, mas nunca tal aconteceu na vida. Conheciamo-nos do tempo do Liceu Sá de Miranda, onde privei com o irmão Artur Moura, meu grande amigo e colega.
Apesar de não comungarmos das mesmas ideias, o Henrique foi sempre um amigo que atuava com correção e disponibilidade e que, sempre que podia, não deixava de ajudar no que podia.
Quer como autarca, quer como agente de turismo, primou pelo amor a Braga e à região minhota. Era um fã da cidade, do SC Braga e um homem da academia, a do Enterro da Gata, nos tempos liceais. Um bracarense de quem a família, filhas e irmãos, por certo se orgulham.
Foi-se um primo Polícia
É caso para dizer que “anda a morrer gente que nunca tinha morrido”! Nem devia, se tal fosse possível! Esta semana faleceu, “antes do tempo”, também, um primo meu, o José Ângelo Moreira, levado por aquela doença insidiosa, a do cancro. Foi um exemplar agente da PSP de Braga, que serviu com devoção à causa pública e sentido de comunidade.
Homem culto, aberto, brincalhão, que adorava conversar e que estava sempre disponível para os amigos. Outra perda para a sociedade bracarense! Deixa saudades em todos os que com ele privaram, mormente muitos dos companheiros da Polícia. Paz à sua alma. E luz para os que o amaram!