“Aproveita o que o Mar te oferece”. É este o lema para o novo ano letivo de um grupo de alunos do CoderDojo, espaço promovido pela Associação de Cidadãos de Esposende, no qual, desde 2017, crianças e jovens aprendem a programar, de forma gratuita. O objetivo final passa por apresentar o projeto, que será preparado ao longo dos próximos meses, num encontro internacional a realizar, em março, na Califórnia, Estados Unidos.
“O projeto tem como objetivo poder recolher água do mar e através de um sistema de aquecimento/ filtragem com monotorização proceder à sua dessalinização. Assim que o projeto esteja a funcionar, serão realizados testes para apurar a qualidade da água, tendo previsto que no verão de 2020 este sistema possa ser utilizado nas praias de Esposende” é explicado numa nota enviada a O MINHO.
E são apontadas “duas grandes vantagens” ambientais. “Por um lado, evitar que se levem garrafas de água reduzindo desta forma o plástico, e por outro lado possibilitar, por exemplo, que na praia destinada aos animais existam bebedouros sustentáveis”, é dito.
Os responsáveis daquela associação defendem que “este projeto vai ao encontro de uma grande preocupação mundial, o planeta”. “Com este projeto pretende-se sensibilizar e motivar os jovens para o ambiente e simultaneamente criar formas de aproveitamento naturais”, acrescentam.
Em 2018, de acordo com dados das Nações Unidas, existiam 16 mil centrais elétricas de dessalinização, em 177 países, sendo a sua relevância maior em países áridos, como acontece no Médio Oriente, ou sem rios, como é o caso de algumas ilhas, como Malta, Bahamas e Maldivas.
De acordo com um artigo do site ONU Meio Ambiente, o processo de aproveitamento da água do mar para consumo humano apresenta, ainda, alguns riscos e desafios.