Craque do “método de Singapura” esteve em Famalicão

Em Singapura, a matemática é ensinada de uma forma menos convencional, recorrendo-se a três teorias consideradas “edificadoras” que têm demonstrado bons resultados por entre os alunos, ou não fosse aquele país a liderar em todo o mundo o Programa Internacional de Avaliação de Alunos naquela disciplina.

Um desses mentores, o professor Ban Har, esteve estes dias em Portugal a convite de um colégio de Famalicão, onde teve oportunidade de partilhar alguns dos métodos de ensino daquele país e visitar alguns pontos turísticos no Norte do país, como a popular livraria Lello, no Porto.

Segundo o Colégio Mundos de Vida, esta ação fez parte de uma formação de continuidade, porque desde há sete anos que lá é ensinada a matemática com base no método de Singapura.

Resumindo, no método de Singapura, “os professores trabalham, usando objetos reais para ensinar matemática; usam objetos, fotografias e símbolos para exemplificar problemas, ou até mesmo, os materiais manipuláveis, tratando-se assim uma abordagem muito visual e também auditiva”.

Segundo os defensores do método, “os objetos permitem que as crianças explorem diferentes ideias quando estão a aprender um conceito”.

“Tudo começou com o primeiro curso, em Londres, onde conhecemos o professor Ban Har que sempre nos inspirou. Fomos ter com ele mais vezes, mas tínhamos o desejo de o trazer a Portugal. E aconteceu”, explica o colégio numa nota publicada nas redes sociais.

Foto: Mundos de Vida

Um dos grandes ensinamentos, e que resume o método, é que “o professor precisa de falar menos durante a aula”, porque a “educação mais do que o produto de quem ensina, é principalmente o produto da atividade de quem aprende”.

O Método de Singapura destaca-se numa “abordagem Concreto-Pictórico-Abstrato (CPA), que consiste num cuidado faseamento na passagem de casos concretos ao pensamento abstrato”.

A segunda abordagem baseia-se nos estudos sobre o “princípio de variabilidade desenvolvido pelo educador matemático húngaro Zoltán Dienes, que apontam para a necessidade da utilização de diversos exemplos e contextos na aprendizagem de um conceito, assim como múltiplas representações”.

Por fim, adaptam-se “as ideias defendidas pelo psicólogo inglês Richard Skemp, que sublinham a importância de se estabelecer conexões e de se compreender as relações matemáticas e a sua estrutura, de forma a alcançar um conhecimento profundo e duradouro das matérias”.

 
Total
0
Partilhas
Artigos Relacionados
x