O Centro de Recolha Animal de Famalicão foi contactado, no dia 1 de abril, para a captura de um cachorro sinalizado como um cão de grande porte, mas tratava-se, afinal, de uma raposa. O animal, entretanto batizado de Covid, esteve sob os cuidados médico-veterinários do Centro de Recolha Animal mais de um mês. Foi no dia 8 de maio entregue ao Centro de Recuperação de Fauna Selvagem do Parque Nacional da Peneda Gerês, que o vai preparar para ser devolvido ao seu habitat natural.
A história com final feliz é contada na página de Facebook do Município de Famalicão. Após ter procedido à recolha do animal, “uma raposinha do sexo masculino com cerca de um mês e uma semana, um pouco desnutrida, mas sem quaisquer ferimentos visíveis”, foi tentado devolvê-la à progenitora.
“De acordo com o procedimento aquando da captura destes animais selvagens, procedeu-se de imediato à procura de tocas ou leiras de raposas nas imediações de forma a devolver de imediato a cria à progenitora. Porém, como as buscas se demonstraram infrutíferas, o animal foi levado para o Centro de Recolha Animal de Famalicão para aí ter todos os cuidados médico-veterinários que necessitava dada a sua idade e condição frágil”, refere a nota.
“Aí permaneceu durante um mês e oito dias num local específico onde só contactava com os tratadores e a médica veterinária. Foi alimentado e cuidado sempre atendendo à sua espécie com características diferentes de um animal de companhia. Tendo em conta, a situação de pandemia em que vivemos, o animal foi batizado de Covid”, explica o Município de Famalicão.
Prestados os cuidados iniciais, foi contactado o Centro de Recuperação de Fauna Selvagem do Parque Nacional da Peneda Gerês, “que é a entidade que trata destes assuntos no território onde se encontra Famalicão” e a quem foi entregue no dia 8.
“Estará em cativeiro durante o tempo que os tratadores do centro assim o entenderem necessário. Neste Centro, o animal vai ser sujeito a vários testes, vai aprender a capturar presas para se alimentar e vai ser preparado para se defender de possíveis predadores”, esclarece a publicação.
Quando o pequeno Covid estiver capacitado para ser libertado na natureza, os serviços de Defesa Animal do Município serão contactados para agendar a sua libertação no seu habitat natural de origem, ou seja, nas imediações de onde foi encontrado.