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Costa deseja sucesso a Biden e quer relançamento das relações com EUA
Política
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O primeiro-ministro, António Costa, enquanto presidente em exercício do Conselho da UE, dirigiu hoje os “votos dos maiores sucessos” ao novo Presidente norte-americano, Joe Biden, sublinhando a necessidade de um relançamento das relações com os Estados Unidos.
Discursando no Parlamento Europeu, em Bruxelas, na apresentação das prioridades da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, Costa, abordando aquela que é a terceira prioridade do semestre – a vertente de política externa, de “uma União Europeia aberta ao mundo” -, lembrou que hoje mesmo há uma mudança de administração em Washington, que espera que abra as portas a uma nova relação transatlântica com os EUA.
“E neste dia em que tomará posse o Presidente Joe Biden, não posso deixar de lhe dirigir os votos dos maiores sucessos no seu mandato e de referir a necessidade de relançarmos as relações, cada vez mais próximas, com os Estados Unidos”, nomeadamente nas áreas do clima, da luta contra a covid-19, na defesa do multilateralismo, da segurança, do comércio, e também do digital, declarou.
No contexto da maior abertura da Europa ao mundo, Costa defende que a Europa deve procurar também, “naturalmente, continuar a reforçar, desde logo, as parcerias de vizinhança, a Leste e a Sul, e a parceria estratégica com o continente africano”, além das relações transatlânticas com o Reino Unido, os Estados Unidos e a América Latina.
O chefe de Governo deixou também uma palavra em particular para o “novo vizinho e velho aliado” Reino Unido, que deixou em definitivo a União no dia em que Portugal assumiu a sua quarta presidência do Conselho da UE, em 01 de janeiro passado.
“Atenção especial merece, obviamente, o Reino Unido, novo vizinho e velho aliado, que continuará a ser um importante parceiro para a União Europeia”, disse Costa, que espera em breve o consentimento do Parlamento Europeu ao acordo de comércio e cooperação alcançado na véspera de Natal entre a UE e Londres.
Apontando que “a principal marca” da presidência portuguesa, quanto ao Indo-Pacífico, “será promover uma parceria mais próxima e estratégica entre as duas maiores democracias do Mundo, a União Europeia e a Índia”, Costa lembrou aquele que será o principal evento do semestre em termos de relações com países terceiros: “acolheremos uma cimeira UE-Índia, no Porto, em maio, centrada na cooperação em matéria do digital, comércio e investimento, produtos farmacêuticos, ciência e espaço”.
O primeiro-ministro português reiterou que a UE deve reforçar a sua autonomia estratégica apontando que, “como esta pandemia evidenciou, a Europa não pode estar totalmente dependente do fornecimento por terceiros de bens essenciais, nem de cadeias de valor tão extensas, que têm um elevado risco de interrupção”.
“Trata-se de um debate muito exigente porque implica ao mesmo tempo a política industrial, a política de concorrência e a política comercial”, admitiu, ressalvando de imediato que tal “não pode significar nem uma deriva protecionista, nem a mirífica promoção de «campeões europeus»”.
Por fim, Costa fez questão de se referir ao que classificou como “uma questão central da relação da Europa com o Mundo: as migrações”, um tema que admite não ser consensual entre os 27.
“Estamos cientes das diferentes sensibilidades existentes. Mas as migrações são uma realidade desde que existem seres humanos no planeta. E assim continuará a ser enquanto a espécie humana conseguir sobreviver. É também inegável que a sua gestão exige uma ação europeia comum. Devemos, portanto, continuar o trabalho sobre o novo Pacto para as Migrações e o Asilo, tentando encontrar o equilíbrio adequado entre as suas dimensões interna e externa, sem esquecer também a migração legal”, declarou
António Costa, na condição de presidente em exercício do Conselho da UE, debate hoje com o Parlamento Europeu, em Bruxelas, as prioridades da presidência portuguesa para o primeiro semestre do ano.
Menos de uma semana após ter acolhido a visita a Lisboa de uma delegação do colégio da Comissão Europeia liderada pela presidente Ursula von der Leyen, na passada sexta-feira, e de também já ter recebido o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, no lançamento da presidência, no início do mês, Costa completa assim a ronda de discussões institucionais sobre o programa do semestre com o Parlamento Europeu.
No final do debate no hemiciclo, Costa, Von der Leyen e Sassoli darão uma conferência de imprensa conjunta, às 13:00 locais (12:00 de Lisboa), após o que o primeiro-ministro terá reuniões separadas com os líderes das duas maiores bancadas do Parlamento Europeu, o alemão Manfred Weber, presidente do grupo do Partido Popular Europeu (PPE), e a espanhola Iratxe García, presidente do grupo dos Socialistas e Democratas (S&D).
A terminar a agenda da deslocação de hoje de António Costa a Bruxelas, está prevista uma nova reunião com Charles Michel, na sede do Conselho, às 17:00 locais.
Sob o lema «Tempo de agir: por uma recuperação justa, verde e digital», a presidência portuguesa da UE, até final de junho, assume como grandes prioridades a promoção de uma recuperação da crise económica e social provocada pela pandemia alavancada pelas transições climática e digital, a concretização do Pilar Europeu dos Direitos Sociais da UE e o reforço da autonomia de uma Europa aberta ao mundo.
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