António Costa acabou de confirmar que a partir de segunda-feira, todo o país pode entrar na próxima fase de desconfinamento, a terceira, com exceção de quatro concelhos situados no Sul do país, que vão recuar, e outros sete, que se mantêm com as regras da segunda fase. Nenhum destes concelhos é no Minho.
No entanto, o concelho de Famalicão (e outros doze no resto do país) encontra-se em “zona de risco” e poderá ‘retroceder’ daqui a 15 dias, quando for feita nova avaliação, revelou o governante, caso ainda se mantenha na mesma “zona”.
Esta nova fase de desconfinamento significa que podem regressar ao ensino presencial os alunos do ensino secundário e superior.
Também que as lojas de cidadão podem voltar ao atendimento presencial com marcação, salas de cinema e espetáculo reabrem, cumprindo as regras que estavam definidas pela DGS anteriormente.
Restaurantes, cafés e pastelarias podem ter serviço de mesa e balcão, não ultrapassando o máximo de quatro pessoas.
E haverá lugar à abertura das lojas e dos centros comerciais, independentemente da dimensão, mas cumprindo as normas de lotação fixadas pela DGS.
Os eventos exteriores, salvo indicação da DGS, podem ter lugar, com máximo de cinco pessoas por 100 metros quadrados. As modalidades de médio risco podem ser retomadas assim como atividade física ao ar livre com máximo de seis pessoas.
Casamentos, batizados e outras celebrações são possíveis com assistência máxima de 25% relativamente à lotação normal do recinto.
“Estas são as novidades da próxima fase e aplicam à generalidade do território nacional”, disse Costa, com exceção de quatro concelhos no Sul do país.
No entanto, Famalicão, e outros doze concelhos, encontram-se hoje acima do nível de risco, deu conta o primeiro-ministro.
“Queria chamar a atenção para 13 concelhos que, estando pela primeira vez com taxa de incidência superior a 120 casos por 100 mil habitantes, têm de ter atenção sobre a forma como controlam a pandemia no seu território”, disse Costa, revelando que um deles é Vila Nova de Famlaicão.
“Desejamos que tenham evolução positiva que os outros tiveram e que daqui a 15 dias possam prosseguir na próxima etapa de desconfinamento”, avisou.
Costa chamou a atenção para Famalicão, concelho “populoso”, e onde esta taxa de incidência tem “risco particular”.
António Costa reconheceu que o índice de transmissibilidade (Rt) da covid-19 teve uma evolução negativa desde o início do processo de desconfinamento, em março, e que se aproxima do “lado perigoso” da matriz de avaliação.
“O ritmo de transmissão, infelizmente, não tem tido uma boa evolução. Tínhamos um R de 0,78 em 09 de março e hoje estamos em 1,05. Estamos a dirigir-nos para o lado perigoso desta matriz”, afirmou o chefe do Governo em conferência de imprensa após o Conselho de Ministros que decidiu o avanço para a próxima fase do desconfinamento.
António Costa enalteceu o comportamento da outra variável relevante para a avaliação da situação da pandemia em Portugal, a taxa de incidência de novos casos por 100 mil habitantes a 14 dias.
“A evolução que tivemos é uma evolução claramente positiva, tendo passado de uma incidência de mais de 118 casos por 100 mil habitantes a 14 dias para uma taxa de incidência de 69 casos por 100 mil habitantes a 14 dias. Portanto, uma clara redução no bom sentido da taxa de incidência”, sublinhou.