Foi ontem aprovada, por unanimidade, a proposta de cedência do edifício do Convento de S. Francisco, em Real, à Universidade do Minho (UMinho). Em sede de reunião descentralizada do Executivo Municipal que, desta feita, teve como palco a Junta de Freguesia de Navarra, foi assim dado um “importante passo” para a requalificação do edifício, onde será instalada a Unidade de Arqueologia da UMinho, atualmente sediada no centro da cidade.
Para Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga, este é o destino certo para um edifício classificado como ‘um dos grandes testemunhos do património coletivo’.
“Depois de uma opção que sempre consideramos errada de instalação da Pousada da Juventude no Convento de S. Francisco, finalmente foi encontrada uma solução que agrada a todas as partes envolvidas”, referiu.
O imóvel, que atualmente se encontra em estado de degradação e sem utilização há vários anos, vai ser alvo de um projeto de requalificação que o tornará num “importante polo de atração patrimonial da cidade”. A UMinho ficará responsável pela execução e concretização do projeto de reabilitação, assim como pela criação de um espaço museológico com circuitos de visita abertos ao público no Convento de S. Francisco.
Segundo o autarca, este acordo vai permitir que a Unidade de Arqueologia da UMinho “tenha finalmente um espaço para desenvolver o seu trabalho em condições condignas e a freguesia de Real vê um ativo a ser valorizado como uma fonte de atração turística pois o Convento de S. Francisco irá complementar a oferta do Mosteiro de S. Martinho de Tibães e do Núcleo Museológico de Dume”. Já para o Município de Braga, Ricardo Rio lembrou que “é positivo que uma entidade assuma o ónus de desenvolver este investimento e que tenha condições materiais para o fazer, visto que o Município não teria disponibilidade financeira para o fazer num futuro próximo”.
Uma das pretensões da União de Freguesias de Real, Dume e Semelhe, prende-se com a inclusão de uma escola de artes e ofícios. Sobre esta matéria, Ricardo Rio adiantou que “haverá agora um diálogo entre a União de Freguesias e a Universidade do Minho, de forma a estudarem as possibilidades de inclusão dessa escola no projeto”.