Declarações após o jogo SC Braga-Casa Pia (2-1), da 16.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol:
– Carlos Carvalhal (treinador do SC Braga): “Quero agradecer desde já o apoio dos adeptos e a tranquilidade que deram à equipa, não foi por aí.
A equipa tem sido consistente nos jogos fora, é a segunda melhor equipa do campeonato, mas em casa tem sido de uma inconsistência muito grande. Na prática, sentimos muitas dificuldades em ultrapassar um adversário muito organizado e a nossa equipa esteve muito desgarrada e desligada. A vitória do Casa Pia é inteiramente justa.
O meu trabalho é descortinar as razões para esta inconsistência, que para mim é estranha. Hoje, a questão do ambiente em casa ficou anulada porque houve apoio. Não podemos fazer um campeonato fora quase brilhante e sofrível em casa. Vou ter que ir buscar as razões desta irregularidade.
Contestação no final? Em função do comportamento da equipa, coletiva e individualmente, as manifestações no final são mais do que justificadas. Não estávamos à espera de aplausos.
[A exibição] É um enigma, ganhámos ao Santa Clara e a equipa respirou confiança durante a semana, e sentimos essa confiança também no aquecimento. Senti vontade de reverter as coisas ao intervalo, mas a equipa não esteve minimamente ao seu nível”.– João Pereira (treinador do Casa Pia): “Foi uma grande vitória e uma grande resposta dos meus jogadores, quer pelo resultado, quer pela forma como abordámos o jogo.
Fomos uma equipa equilibradíssima, pecámos só numa bola parada, mérito também do Sporting de Braga, mas tivemos muitas oportunidades para marcar e podíamos ter ido para o intervalo a ganhar por mais do que 1-0.
Depois, demos uma resposta muito forte, com muita alma e transpiração. Este é um grupo jovem, que está e continua em construção, 13 jogadores novos, nove jogadores sub-23, e deixámos aqui uma imagem muito forte do projeto do Casa Pia.
A estratégia era jogar de igual para igual, nos últimos 16 jogos só perdemos dois, com FC Porto e Sporting, e só nos faltava ganhar a um ‘grande’ e o Sporting de Braga é um ‘grande’, que já assumiu a vontade de ser campeão nacional. Há cinco anos trabalhei neste clube e sei a ambição que existe aqui.
Nuno Moreira e Telasco? Não me canso de falar do Nuno, é um grande exemplo, tem crescido bastante, faltavam-lhe alguns números e tem dado essa resposta. O Telasco também. O José Fonte fez agora 41 anos e parece um jovem. É isto que exigimos, não para alimentar o ego da equipa técnica, mas queremos que eles valorizem, isso é o mais importante”.
