Construtora de Ponte de Lima ‘fecha’ obra de 5,5 milhões para renovar bairro social

Pedrilethes
Foto: CM Cerveira

A empreitada de reabilitação do Bairro Social da Mata Velha, em Vila Nova de Cerveira, já tem adjudicatário: a empresa Pedrilethes, com sede em Ponte de Lima, foi a vencedora do concurso público lançado pela autarquia, com uma proposta no valor de 5.479.129,91 euros. A obra terá um prazo de execução de 420 dias úteis.

A Pedrilethes concorreu com outras duas empresas — Construções Gabriel Couto e RUCE – Reabilitação Urbana e Construção Especializada — tendo apresentado a proposta economicamente mais vantajosa.

Esta intervenção, considerada prioritária no âmbito da “Estratégia Local de Habitação de Vila Nova de Cerveira”, irá beneficiar 53 agregados familiares e representa uma das maiores apostas do município em matéria de habitação digna. O projeto está incluído no programa “1º Direito”, ao abrigo do aditamento ao acordo de colaboração celebrado entre o município e o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), com homologação do Ministério da Habitação.

O presidente da Câmara, Rui Teixeira, sublinhou que “volvidas mais de duas décadas, este parque habitacional já não reúne as condições mínimas de conforto e dignidade, exigindo uma intervenção profunda ao nível da eficiência energética e acessibilidade”.

6,7 milhões para intervenções habitacionais em 2025

A reabilitação do Bairro da Mata Velha integra uma estratégia mais alargada da autarquia, que inclui ainda a reconversão de edifícios devolutos e a criação de novas habitações a custos controlados, com o objetivo de atrair e fixar população, em particular os mais jovens.

O investimento total previsto no conjunto das intervenções habitacionais do concelho ronda os 6,7 milhões de euros.

O que diz a memória descritiva do projeto?

O Bairro Municipal da Mata Velha, localizado na freguesia de Loivo, em Cerveira, foi construído em duas fases, concluídas em 1999 e 2002, no âmbito de um acordo celebrado em 1994 entre o IGAPHE e a Câmara Municipal. Composto por 74 fogos — 58 de tipologia T3 e 16 T2 — o bairro foi inicialmente concebido para realojar os moradores do antigo bairro da Mata Velha e do Bairro de S. Pedro de Rates, bem como para responder às necessidades habitacionais do concelho. Entre 2008 e 2009, alguns fogos foram vendidos, mantendo-se atualmente 51 habitações sob gestão municipal, em regime de arrendamento apoiado.

Segundo a memória descritiva do projeto, consultado esta terça-feira por O MINHO, passadas mais de duas décadas, o edificado apresenta sinais evidentes de degradação, sendo classificado como habitação indigna. As habitações já não cumprem os requisitos mínimos de conforto, acessibilidade e eficiência energética, exigindo uma intervenção profunda a vários níveis. A obra agora adjudicada tem como objetivo a reabilitação completa do conjunto habitacional, com a reorganização funcional do interior dos fogos, nomeadamente ao nível do piso térreo, onde serão intervencionadas as cozinhas e zonas sociais e criada uma instalação sanitária acessível em cada habitação. As intervenções incluem também a instalação de recuperadores de calor e equipamentos de aquecimento de águas sanitárias, a substituição integral de caixilharias por soluções energeticamente mais eficientes com ventilação incorporada, e a aplicação de isolamento térmico nas fachadas e coberturas, além da renovação completa da cobertura e das condutas de águas pluviais.

No exterior, a intervenção contempla a qualificação urbana do bairro com a criação de acessos acessíveis a todas as frações, construção de muros de separação, reformulação dos pavimentos e introdução de arrumos individuais para lenha e estendais. Serão igualmente substituídas as infraestruturas de abastecimento de água, esgotos, eletricidade, telecomunicações e sinal de TV, garantindo maior fiabilidade e durabilidade dos sistemas.

 
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