Projeto: C&C Architects
O Engenheiro de Gestão Industrial de Esposende, Gil Vale, sócio-gerente e fundador da empresa NORMAT, vai investir cinco milhões de euros numa unidade hoteleira com 57 unidades de alojamento, na Área Protegida das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro de Arcos, em Ponte de Lima. A candidatura do “ECO GREEN HOTEL” ao Portugal 2020 já foi aprovada e o início dos trabalhos de construção estão previstos já para o próximo semestre de 2017.
O projeto foi apresentado no passado dia 21 de abril, no evento que assinalou o 20.º aniversário da NORMAT, durante a conferência “Visão 2037 – Ideias que Iluminam Negócios”, realizada no Auditório do Centro Cultural Rodrigues de Faria, na freguesia de Forjães, de onde o empresário é natural.
“Pela excelência do valor ambiental da paisagem protegida das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro D’Arcos, reconhecido a nível Nacional e Internacional, a localização deste hotel não poderia ser outra, sendo o ponto de partida para toda a dinâmica de investimento da nova infraestrutura”, afirmou o empresário.
Para o promotor, o vasto património multisecular de Ponte de Lima é um cartão-de- visita para conhecer o Norte de Portugal, oferecendo à unidade hoteleira uma localização estratégica e de rápido e fácil acesso. Uma vez que está próxima de um nó de ligação à A27, a menos de uma hora do aeroporto do Porto e de Vigo e a cerca de 30 minutos do Parque Litoral Norte de Viana do Castelo e do Parque Nacional da Peneda Gerês.
O ECO GREEN HOTEL pretende assumir-se como uma unidade de referência na perspetiva ambiental, fora e dentro do hotel, onde a própria unidade será um veículo condutor das boas práticas ambientais, num âmbito educativo e lúdico. Porque os produtos de turismo-natureza, turismo ativo, turismo cultural e gastronomia e vinhos são vistos como estratégicos para região do Porto e Norte de Portugal, o empresário pretende dar resposta às diversas lacunas existentes, assumindo como principais mercados, França, Alemanha, América e Reino Unido, Holanda, bem como o Brasil.
Para além da forte componente ambiental, o projeto prevê ainda a construção de um museu que irá propor aos seus visitantes uma viagem ao centro da Terra.
“Aproveitando a localização contígua do empreendimento, surgiu a necessidade de criar um espaço educacional que nos permitisse criar uma ponte entre a formação do Planeta Terra até aos dias de hoje e uma visão para o futuro, sempre com base na paisagem protegida envolvente de Ponte de Lima”, acrescentou o empresário.
Os objetivos para o projeto são ambiciosos: com um cronograma de 16 meses para a sua realização está prevista a abertura para o próximo ano, em 2018.
Gil Vale adiantou ainda que se pretende “promover o contacto com a comunidade local e o desenvolvimento económico-social e ambiental, com forte penetração no mercado estrangeiro, prevendo alcançar em 2020 cerca de 30% do volume de negócios proveniente de mercados externos e assegurando 22 postos de trabalho permanentes”. Referiu ainda não colocar fora de hipótese “a entrada de novos investidores desde que tragam, através da sua experiência e visão, contributos de valor acrescentado rumo ao sucesso da unidade hoteleira, sem desvirtuar o conceito proposto”.
Na conferência estiveram presentes Cristiano Costa, CEO da C&C Architects e responsável pela arquitetura do edifício, e Fernando Lima, CEO da LIONSOUT e consultor de comunicação e marketing da ECO GREEN HOTEL, lançando uma visão sobre a “Arquitetura e a Construção em 2037” e o “Futuro do Comércio em 2037”.
O evento contou com a presença do presidente da Associação Comercial e Industrial do Concelho de Esposende, José Faria e do Presidente da Câmara de Esposende, Benjamim Pereira, que felicitou a iniciativa e incentivou as empresas presentes a serem empreendedoras para melhorarem a sua capacidade competitiva.
Numa visita guiada pelas salas do edifício, Gil Vale, afirmou ainda ter escolhido o Centro Cultural Rodrigues de Faria, um edifício com mais de 80 anos, inaugurado em 1934 e que conta um conjunto colossal de painéis únicos do artista do início do século Jorge Colaço (o mesmo que pintou os azulejos da Estação de S. Bento no Porto), pelo seu valor arquitetónico e referência pessoal da Escola onde aprendeu a ler e a escrever, doada pelo empresário que lhe deu o nome.