A construção da nova residência universitária na antiga Fábrica Confiança, em Braga, que terá 786 camas e representa uma investimento de 25,5 milhões, segue a “ritmo acelerado”.
O Grupo Casais, ao qual a obra foi adjudicada, partilhou imagens da evolução da obra, apresentando-a como “a maior residência universitária pública do país”.
“Mais do que reabilitar um edifício e construir um novo, estamos a ligar a memória ao futuro, através de soluções inovadoras e sustentáveis”, salienta a construtora bracarense, dando conta de que já iniciou “a montagem dos elementos CREE Buildings do novo edifício”.
“Nos próximos dias, vai ser possível assistir ao ritmo acelerado de construção, graças à industrialização”, salienta.
Na assinatura do contrato da empreitada, o presidente da Câmara, Ricardo Rio, disse que se trata de um projeto “absolutamente crucial”, desde logo porque vai duplicar a capacidade instalada de residências da Universidade do Minho.
Além disso, destacou a dimensão da regeneração de toda a envolvente, “uma zona central da cidade”. “Vai marcar o futuro da cidade”, afirmou o autarca.
Rio sublinhou que este é “claramente o maior” projeto de residências universitárias apoiadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência, quer em termos de capacidade de alojamento, quer no envelope financeiro.





Destacou ainda o facto de o projeto reservar um espaço para um museu e uma loja da marca Confiança, para perpetuar a memória de uma fábrica que faz parte da história da cidade.
A fábrica Confiança foi inaugurada em 1921, tendo produzido perfumes e sabonetes até 2005.
Em 2012, foi adquirida pela Câmara de Braga, então presidida pelo socialista Mesquita Machado, por 3,6 milhões de euros.
Chegou a ser aberto um concurso de ideias para o edifício, mas em 2013 a câmara mudou de mãos e em setembro de 2018 a nova maioria PSD/CDS-PP votou pela venda, alegando que, por falta de fundos disponíveis para a reabilitação, o edifício se apresentava em “estado de degradação visível e progressiva”.
A câmara promoveu duas hastas públicas para tentar alienar o imóvel, pelo preço base de 3,6 milhões de euros, mas não apareceu nenhum interessado.
Por isso, a câmara optou pela transformação do edifício em residência universitária, aproveitando os fundos do PRR.
O arquiteto responsável pelo projeto, José Costa, garantiu que será mantida a traça original do antigo edifício, designadamente as fachadas.
Disse ainda que o edifício terá foco na eficiência energética e na sustentabilidade.
Com Lusa