Magnata de Famalicão lidera obra de 379,5 milhões

Alberto Couto Alves. Foto: Redes sociais de Alberto Couto Alves

A consignação da empreitada ao consórcio construtor da Linha Rubi do Metro do Porto liderado pela empresa de Famalicão Alberto Couto Alves (ACA), que ligará Santo Ovídio à Casa da Música através de uma nova ponte, foi feita esta terça-feira.

De acordo com fonte oficial da Metro do Porto, em declarações à agência Lusa, a cerimónia teve lugar na tarde desta terça-feira nas Caves Ferreira, em Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, e marcou o último passo necessário para o início da obra.

Em 20 de dezembro, o Tribunal de Contas concedeu visto prévio ao contrato de construção da Linha Rubi do Metro do Porto, de 379,5 milhões de euros, disse fonte da empresa à Lusa.

No dia 06 de dezembro, o presidente da Metro do Porto, Tiago Braga, disse que esperava poder consignar a obra da linha Rubi entre o final do ano e o início de 2024, de forma a poder dar início às obras.

O contrato para a construção da Linha Rubi do Metro do Porto foi assinado com a famalicense Alberto Couto Alves (ACA), FCC Construcción e Contratas y Ventas em 3 de novembro, por mais de 379,5 milhões de euros.

O valor global de investimento da Linha Rubi (Casa da Música – Santo Ovídio, incluindo nova ponte sobre o rio Douro) é de 435 milhões, um investimento financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

A Linha Rubi, com 6,4 quilómetros e oito estações, inclui uma nova travessia sobre o rio Douro, a “Ponte D. Antónia Ferreira, a Ferreirinha”, que será exclusivamente reservada ao Metro e à circulação pedonal e de bicicletas.

Em Gaia, as estações previstas para a Linha Rubi são Santo Ovídio, Soares dos Reis, Devesas, Rotunda, Candal e Arrábida, e no Porto Campo Alegre e Casa da Música.

A empreitada tem de estar concluída até ao final de 2026.

ACA foi fundada em 1982

Com sede em Famalicão, a Alberto Couto Alves (ACA) é uma das três empresas envolvidas no consórcio e atua nas áreas das infraestruturas (estradas e pontes) e em áreas de construção civil, requalificação urbana, vias de comunicação, edifícios residenciais, hotelaria, reabilitação, geotecnia, obras fluviais, paisagismo, infraestruturas desportivas, sistemas de água e gestão de resíduos. 

Fundada em 1982 pelo empresário famalicense com o mesmo nome, conta com mais de 2.000 colaboradores e prevê um volume de negócios de 350 milhões de euros. Há 41 anos que Alberto Couto Alves é o administrador principal da empresa. 

Desde a instalação de uma central de britagem em Fafe, no ano de 1990, a ACA tornou-se uma multinacional, atuando em Angola, Marrocos, Brasil, França, Argélia, Polónia, Camarões, São Tomé e Príncipe e, mais recentemente (2021), na Bolívia. 

A empresa “assume-se hoje como um dos mais relevantes players portugueses no setor da construção, face à diversidade e excelência do seu vasto portfólio de obras”, pode ler-se no seu portal.

 
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