O presidente da Distrital do PSD de Braga, José Manuel Fernandes, afirmou a O MINHO que “o Conselho Nacional deu um novo folego ao PSD e ainda mais legitimidade a Rui Rio”, já que o líder do Partido Social Democrata viu a sua margem de apoio legitimada a nível expresso e reforçada, mesmo em voto secreto, com a maioria de 75 votos sobre 50, obtendo uma maioria qualificada e expressa de 60%, face a 40% obtidos pelos “críticos”.
Para o também eurodeputado do PSD, “este Conselho Nacional foi muito participativo, onde a liderança de Rui Rio e a posição do Partido Social Democrata saíram bastante reforçados, com uma moção de confiança apresentada que acabou por se traduzir numa votação que permite agora dar até novo fôlego também para o Partido Social Democrata”.
Para José Manuel Fernandes, “eu votei a favor da moção de confiança à direção de Rui Rio, porque considero que não faz nenhum sentido criar um precedente grave estar-se a marcar eleições diretas de cada vez que um militante desafiasse um líder, o que poderia para além do mais ter repercussões até nas nossas Distritais e em termos das Concelhias”.
Ainda segundo o antigo presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, que foi um dos principais vencedores deste Conselho Nacional que se realizou no Porto, “nunca nos devemos esquecer que o presidente do PSD é eleito em eleições diretas, no caso concreto teve mais de 22.500 votos, de quem lhe confiou uma missão de se candidatar a primeiro ministro, ele não foi ainda a eleições, há aqui atos eleitoras que começam na segunda parte do mandato, no segundo ano, nomeadamente as eleições legislativas em outubro e depois europeias, depois ainda há que ter em contra em setembro as eleições na Madeira”.
“Não abrir precedente das sondagens”
José Manuel Fernandes acrescentou a O MINHO que “também não podemos abrir um outro precedente, que é o das sondagens, porque um partido não se pode deixar governar por sondagens, pois caso contrário seriam então as empresas de sondagens a comandar os partidos, se seguíssemos essa lógica, Pedro Passos Coelho até nem sequer teria ganho as eleições: na campanha das últimas legislativas teve meses de sondagens desfavoráveis”.
“Por outras palavras, quem quiser defender as sondagens tem de ser consequente e até mesmo antes de se candidatar, tem de fazer uma sondagem sobre si próprio e ver se tem alguma possibilidade inclusivamente em relação ao líder que está a desafiar”, destacou, ele que dias antes postou um vídeo no seu Facebook, explicando o porquê do apoio a Rio.
“Este Conselho Nacional também teve questões formais que acabaram por ser resolvidas e foi o voto secreto, que era o grande obstáculo e o grande problema que esses críticos estavam a colocar, pronto, foi voto secreto, mas presumo que aquilo que era o pedido de uma clarificação, presumo que essa clarificação já exista, mas agora eu espero que todos trabalham para um objetivo comum que é o do PSD, referiu ainda José Manuel Fernandes.
“Isto porque o PSD é a única alternativa ao António Costa, ter todas as condições e a toda a mobilização do Partido Social Democrata, para apresentar propostas e para fazer face à desgovernação que está a ser a do Partido Socialista, porque nunca tivemos serviços públicos tão maus, nunca um investimento público tão baixo, em simultâneo a maior dívida pública da nossa história e ainda a maior carga fiscal, que é a máxima, com serviços públicos mínimos, pelo que isto tem de ser invertido, está tudo desmascarado”, concluiu.