Ao 20º dia de guerra na Ucrânia, um conselheiro do governo daquele país previu para o fim do conflito para o início de maio. Segundo Oleksiy Arestovich, os recursos da Rússia para atacar devem durar até ao final de abril.
“Penso que o mais tardar em maio, início de maio, deveremos ter um acordo de paz”, disse Oleksiy Arestovich, conselheiro do chefe de gabinete de Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano, na segunda-feira à noite.
“Ou haverá um acordo de paz alcançado muito rapidamente, dentro de uma ou duas semanas, com a retirada das tropas, ou haverá uma tentativa de juntar alguns, digamos, sírios, para uma segunda ronda e, quando os destruirmos também, um acordo até meados de abril ou fins de abril”, explicou.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
Volodymyr Zelensky pretende estender o período de vigência da lei marcial no país por mais 30 dias, segundo a agência Interfax-Ucrânia. O chefe de Estado deve pedir ao Parlamento a continuidade da medida, no próximo dia 26 de março. Os homens com idades entre os 18 e os 60 anos estão proibidos de sair do país, com vista auxiliar e apoiar as forças ucranianas.
Esta terça-feira está previsto que seja retomada a ronda de negociações, por videoconferência, que foi suspensa na segunda-feira, entre as delegações de Kiev e Moscovo.