A confusão instalou-se hoje na reabertura da Loja do Cidadão de Braga com longas filas à porta e protestos de utentes que esperavam e desesperavam para ser atendidos.
Ao início da tarde, seriam cerca de 50 a 60 pessoas aglomeradas à entrada daquele serviço, no Centro Comercial Granjinhos, sem cumprir o distanciamento social obrigatório.
“Havia muita aglomeração e muitos cidadãos que estavam irritados pelo facto de não terem informações. Vi muita gente aborrecida com o que estava acontecer, gritavam que também pagam impostos e não podiam ser maltratados”, relata a O MINHO um dos presentes que pediu para não ser identificado.
No seguimento do plano de desconfinamento do governo, as lojas do cidadão reabriram hoje em todo o país – à exceção da área metropolitana de Lisboa.
Os atendimentos tinham que ser agendados previamente. Quem não efetuasse marcação não seria atendido. O agendamento poderia ser feito por telefone e/ou através da internet.
No entanto, de acordo com o cidadão que expôs a situação a O MINHO, nem o atendimento telefónico nem a marcação na internet funcionaram em condições.
“Tentei ligar diversas vezes, não consegui. E as pessoas não conseguiam fazer o agendamento através da internet porque o site estava sempre instável”, aponta. Só após um mail a reclamar da situação é que este utente conseguiu ser atendido e completar a tarefa que o tinha levado ali: levantar o passaporte.
“Havia muita gente, muitos idosos inclusivamente, e toda a gente ali a tentar perceber o que estava a acontecer e eles [na loja] não tinham informação para dar às pessoas, que estavam muito nervosas. Tinham que se organizar de melhor forma. Podiam organizar filas, sabendo que ia haver uma grande procura dos serviços”, critica.
O MINHO tentou contactar telefonicamente a Loja do Cidadão de Braga para obter esclarecimentos, mas as chamadas não foram atendidas.