A sentença será lida pelo coletivo de juízes dentro de dias. Os quatro arguidos que começaram, há dias, a ser julgados no Tribunal de Braga por terem dado, em 2016, uma sova valente a um jovem na zona dos bares da Universidade do Minho, em Gualtar, Braga, confessaram na íntegra os factos de que estão acusados.
O grupo mostrou-se arrependido e assumiu a autoria das agressões, que visaram também outro jovem, e cada um deles comprometeu-se a pagar 400 euros às duas vítimas. Estas pediam 500 euros de indemnização, mas aceitaram os 400, chegando a acordo.
Face à confissão sem reservas, o coletivo de juízes prescindiu da audição das sete testemunhas de acusação, e, após as alegações finais das partes – nas quais o MP pediu a condenação e a defesa solicitou justiça e evocou várias atenuantes – e marcou a leitura do acórdão.
A acusação diz que, a 1 de novembro de 2016, um dos quatro agarrou a vítima, Bruno, pelas costas, imobilizando-o e os outros três encheram-no de socos e pontapés. E um dos agressores deu-lhe, ainda, uma pancada com uma garrafa de uísque na cabeça. Foram julgados pelo crime de ofensa à integridade física qualificada.
O caso ocorreu naquela zona: um dos agressores, Carlos Pedro Esteves, hoje com 22 anos, abeirou-se de Bruno, que estava com um grupo de amigos, um deles de nome Eduardo, e acusou-o de lhe ter furtado a carteira. Bruno negou a acusação e Esteves acalmou-se devido aos apelos dos presentes, acabando por abandonar o local. Passados 20 minutos, Carlos Esteves regressou, acompanhado dos outros três arguidos, o Miguel Augusto Ribeiro, conhecido como Buakan, hoje com 21 anos, o Renan Ustilin, um imigrante brasileiro, de 24 anos, e o Gabriel Prado, de alcunha o Biel, de 20 anos, também nascido no Brasil.
Espancamento
Vieram, ainda, três outros indivíduos que a polícia não conseguiu identificar. Aí, e de imediato, começaram a espancar o Bruno, a murro e pontapé, atingindo-o em todo o corpo. O Renan agarrou-o por trás e, assim, os outros continuarem a fazer dele um saco de pancada. O amigo de Bruno, Eduardo tentou socorrê-lo, mas levou na mesma moeda, murros na cara e pontapés no corpo.
Os agressores – acentua o MP – só terminaram de lhe dar ‘porrada’ quando viram que o Bruno jorrava sangue pela cabeça. Aí fugiram.
Como consequência das agressões, o Bruno ficou com dores, devido a traumatismos na face, tronco e mão direita. Teve de ser suturado, com quatro pontos na cabeça, e também nos braços e na cara. Por isso, esteve dez dias de cama.