Espanhol detido em Monção era mentor de “terrorismo anarquista”

Vai cumprir pena de 30 anos
Espanhol detido em monção era mentor de "terrorismo anarquista"

Uma operação conjunta das polícias de Espanha, Portugal e Itália conduziu à detenção de um “anarquista acusado de crimes de homicídio”, para cumprimento de uma pena de 30 anos de prisão, informou hoje o Corpo Nacional de Polícia de Espanha.

Em comunicado, a polícia espanhola, que identifica o detido, de 52 anos e nacionalidade espanhola, pelas iniciais G.P.D.S, refere que a detenção foi feita no sábado em Monção, no distrito de Viana do Castelo e destaca as suas “ligações ao terrorismo insurrecional anarquista” e “o amplo histórico criminal dentro e fora” de Espanha.

Na nota, a polícia espanhola especificou que “o homem foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) portuguesa, na sequência de um mandado de detenção europeu emitido pelas autoridades judiciárias de Espanha”, realçando a cooperação das autoridades policiais italianas que realizaram “buscas no seu país, com vista à detenção do homem”.

A polícia espanhola adiantou que as investigações decorrem desde meados de 2019, sendo que “as primeiras informações apontavam para a possibilidade de se encontrar escondido em Itália, por estar ligado ao terrorismo anarquista da F.A.I./F.R.I daquele país”.

A cooperação entre as polícias espanhola e italiana permitiu “descobrir que o homem residia na fronteira entre Espanha e Portugal”.

A colaboração com a PJ, adianta o Corpo Nacional de Polícia de Espanha, permitiu localização do homem e a sua detenção.

O mandado de detenção europeu foi emitido pelas autoridades judiciárias de Espanha por suspeita da prática dos crimes de homicídio, posse ilegal de armas, munições e explosivos, sequestro, roubo com recurso à força, roubo com violência, tráfico de drogas, extorsão e simulação de delito.

O arguido foi presente ao Tribunal da Relação de Guimarães e encontra-se agora em prisão preventiva a aguardar extradição.

Em 2004, em Espanha, o homem “protagonizou uma fuga à prisão, fugiu para a Alemanha onde foi detido após um confronto armado com as autoridades policiais daquele país”.

Cumprida a pena a que foi condenado na Alemanha, o homem foi repatriado para Espanha, tendo sido libertado pelas autoridades espanholas.

“Realizou conferências em todo o território espanhol sobre o movimento do terrorismo anarquista”, refere a nota.

Apesar de viver na “clandestinidade, para fugir à justiça, G.P.D.S. não parou de publicar escritos e manifestos em sítios na internet ligados ao terrorismo anarquista, autoproclamando-se líder do movimento.

 
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