A Câmara de Braga e a Infraestruturas de Portugal lançam, dentro de dias, o concurso público, com o preço-base de 200 mil euros, para a feitura do projeto do Nó de Infias, o “cancro do trânsito” da cidade. Esta verba será paga, «a meias» entre a Autarquia e a empresa estatal.
O concurso, disse ontem o presidente do Município, Ricardo Rio, na Assembleia Municipal, é o primeiro passo para a reestruturação do Nó: ”esperámos que o Governo a financiar as obras, cujo custo deve atingir vários milhões de euros”, sublinhou.
O autarca comentava duas interpelações de munícipes, feitas no início da Assembleia, e que visaram o problema do trânsito na zona, com destaque para o corte de acesso à urbanização das Fontainhas a partir do Nó e para a recente edificação de duas zonas comerciais em terrenos de uma outra urbanização vizinha.
Sobre as críticas ao corte do acesso de carros no Nó de ìnfias, Rio explicou que a urbanização era atravessada por viaturas que se dirigiam à zona da Igreja de São Vicente, invadindo o bairro, sem que os condutores lá morassem ou ali fossem trabalhar ou frequentar o comércio: “servia para cortar caminho, o que causava transtornos a quem lá vive”, defendeu.
Sobre o facto, alegado por moradores da zona, de o corte ir causar afunilamentos de trânsito na rotunda de Ínfias, o autarca esclareceu que a recente medida de desfasamento de horários nas escolas, no caso na Sá de Miranda e no Colégio D. Diogo de Sousa, tirou muito do movimento de veículos, desentupindo a zona.
De seguida, o líder municipal abordou os reparos de uma residente no bairro da rua Américo Rodrigues Barbosa sobre a descida da qualidade de vida dos habitantes, com aumento de ruído, perda de vista paisagística e dificuldades de circulação automóvel, na saída e entrada da zona.
Sobre o tema, o edil lembrou que há terrenos aparentemente abandonados que têm direitos de construção inscritos no PDM, que a Câmara não pode legalmente contrariar, sob pena de ter de pagar avultadas indemnizações.