Um edifício polivalente de três andares, no templo de Santa Luzia, em Viana do Castelo, vai ser inaugurado, no sábado, num investimento de cerca de 1,2 milhões de euros, disse esta terça-feira o presidente da Confraria que gere o templo.
Segundo Pedro Reis, com a conclusão do edifício das Tílias, dotado de albergue de peregrinos, restaurante, arquivo e museu do santuário de Santa Luzia, dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, “ficam terminadas as intervenções previstas realizar no período entre 2014/2018, num investimento global de dois milhões de euros”.
“A única intervenção que está em curso, com conclusão prevista para junho, é a recuperação do espólio do museu do templo, num investimento de 135 mil euros. Todas as restantes intervenções previstas para esta fase estão prontas”, sustentou o presidente da Confraria de Santa Luzia.
Pedro Reis, engenheiro civil de 40 anos, que tomou posse do cargo em janeiro, adiantou que, “sem horizonte temporal definido, está uma nova fase de requalificação da envolvente ao templo que contempla ainda “a construção de um bar/restaurante panorâmico, a criação de uma zona de estacionamento para autocarros e a recuperação do jardim das Tílias”.
“São obras que estamos ainda a projetar, sem custos estimados e sem previsão temporal para a sua concretização”, sustentou.
No sábado, a cerimónia de inauguração do edifício das Tílias, está marcada para as 16:00, com missa no templo de Santa Luzia e bênção das instalações pelo bispo da diocese de Viana do Castelo, Anacleto Oliveira.
Segundo Pedro Reis estarão ainda presentes o presidente da Câmara de Viana do Castelo e representantes da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal.
O albergue destinado aos peregrinos dos caminhos de Santiago de Compostela, na Galiza, está situado no segundo andar do edifício a inaugurar. Está dotado de 36 camas, distribuídas por seis quartos.
Já no primeiro piso, está instalado um museu que exibirá “peças relativas à história da construção do templo e da própria confraria”. O último andar acolhe os serviços administrativos da confraria.
O arranjo urbanístico e paisagístico daquela área foi iniciado, em 2014, pela confraria de Santa Luzia, que zela por aquele santuário desde 19 de março de 1884.
A empreitada incluiu a recuperação do interior e exterior do templo-monumento, o tratamento de todo o espólio, a instalação de sinalética e a criação de ferramentas para a sua divulgação, entre elas, uma aplicação para telemóveis e ‘tablets’, um novo sítio na internet, para a divulgação e promoção turística do santuário.
O projeto integrou ainda o “redesenho” da praça do santuário, reorganizando a circulação automóvel e pedonal no local, nomeadamente “eliminando o estacionamento na frente do templo e reduzindo a área de paragem de autocarros”.
Do zimbório existente no topo do templo, o ponto mais alto de Viana do Castelo, os visitantes avistam uma paisagem de vários quilómetros.
De acordo com dados da confraria, entre 80 mil a 90 mil pessoas acedem (entrada paga) anualmente ao zimbório.
Projetado pelo arquiteto Ventura Terra, o templo de Santa Luzia, cuja construção decorreu entre 1904 e 1943, é hoje um ex-líbris de Viana do Castelo, sobranceiro à cidade na montanha com o mesmo nome.