Deveria arrancar no próximo mês de março a laboração na nova unidade industrial da Caixiave, ‘gigante’ ibérico na produção de caixilharia e janelas em PVC (policloreto de vinila), localizada em Ribeirão, no concelho de Famalicão, mas “atrasos com a maquinaria” apontam novo prazo para o segundo semestre do ano. Contudo, a fábrica está construída, conforme o prazo inicial.
Num investimento que começou com a previsão de 50 milhões de euros, mas “tem vindo a subir”, está já concluída uma das duas fábricas a que a maior construtora de janelas da Península Ibérica se propôs, bem como da ampliação das próprias instalações primárias.
João Gomes, diretor da Caixiave, explicou a O MINHO em que consistem os três investimentos que a empresa está a fazer: “Há uma primeira nova fábrica que já está pronta, outra em construção, e há ainda a ampliação da empresa Caixiave”.
A fábrica que já está pronta, e que deveria arrancar a laboração em março, só deve abrir depois do verão, por atrasos na chegada de máquinas. “Deveria ser em março, mas a compra de maquinaria, por toda a indústria europeia, está a ser um problema, porque existem muitos atrasos”, referiu, apontando a pandemia como um dos motivos.
Essa nova fábrica será dedicada à produção de janelas de alumínio, tendo em vista o mercado geral, tanto em Portugal como fora. Atualmente, a Caixiave exporta 35% da produção. Em termos de empregos gerados nesta nova unidade, João Gomes não quantificou, uma vez que será bastante automatizada e só depois se avaliará quantos empregos irá gerar, mas em grande maioria serão empregos qualificados.
Por sua vez, a segunda fábrica, que conta também com um armazém de stock 100% automatizado, é um investimento grupo francês Atrya (acionista da Caixiave) e será dedicada à produção de janelas standardizadas de PVC, para grandes marcas, como a Leroy Merlin, por exemplo.
O MINHO esteve esta manhã na obra e constatou que decorre a bom ritmo. João Gomes espera que a mesma fique concluída “até final do ano, inícios de 2023”. Decorre ainda a ampliação da ‘casa-mãe’, ali instalada desde 2007. A Caixiave foi fundada em 1993, na mesma freguesia famalicense.
Com este investimento, salienta João Gomes, a Caixiave vai reforçar a liderança do mercado ibérico na indústria de janelas de PVC e passará a competir com as maiores marcas europeias. “Vamos ficar com uma dimensão bastante considerável”, adiantou. Recordou ainda a ambição da empresa em criar mais de 200 postos de trabalho (222) até 2025, quando toda a capacidade de produção estiver ampliada. Atualmente, a Caixiave emprega cerca de 250 trabalhadores.
Este é um projeto empresarial de interesse municipal ao abrigo do regulamento Made 2IN, da Câmara de Famalicão, tendo recebido um apoio de cerca de 300 mil euros e redução de taxas municipais.
