Declarações após o jogo Vizela–Estoril Praia (3-3), da 23.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado hoje, no Estádio do Futebol Clube de Vizela:
– Rubén de la Barrera (treinador do Vizela): “Na primeira parte, podíamos ter marcado mais golos, mas depois não tivemos bola, essa é a realidade. Depois, tivemos uns minutos de autêntica loucura, cheios de infortúnio, que permitiu ao Estoril Praia marcar três golos. Ainda empatámos, mas o resultado sabe a derrota.
Como treinador, dói sempre qualquer resultado que não seja a vitória. Na primeira parte, fomos muito superiores. Depois, devíamos ter controlado o jogo e impedir que acontecessem estas coisas. São sete minutos em que tudo se rompe, em que permitimos ao Estoril marcar três golos. A sensação é completamente diferente da que tínhamos no final da primeira parte.
Somos responsáveis por aquilo que fizemos de bom e por aquilo que fizemos de mau. Sinto que temos argumentos para o objetivo [a manutenção], mas também somos capazes de dar ‘tiros nos pés’. Não é fácil lidar com um jogo como este em termos emocionais. Permitimos a reviravolta. Esses momentos acabam por destruir o rendimento demonstrado até então.
Pode ser normal não ter tanta bola na segunda parte, mas temos de ser consistentes no rendimento. Temos de gerir melhor estes momentos de segurar a vantagem. Temos de nos comportar como uma equipa de I Liga”.
– Vasco Seabra (treinador do Estoril Praia): “Na primeira parte, não entrámos bem nos primeiros 10 minutos. No período em que equilibrámos o jogo, sofremos o golo por um mau controlo de profundidade. Quando começámos a recuperar mais bolas e a ‘ferir’ a profundidade do Vizela, sofremos o golo. A equipa ficou ‘mexida’, mas tentou responder, embora sem o critério habitual.
Na segunda parte, tentámos construir de outra forma e cercámos a área do Vizela. Aos 83 minutos, era penalizador ainda não termos marcado o golo. Como esse golo, veio o entusiasmo para a reviravolta e, depois, a frustração do golo sofrido. Fica o orgulho pela exibição da equipa, sabendo que há muito caminho pela frente e muitos pontos para conquistar.
O futebol é um jogo de emoções. Por isso é que é tão apaixonante. No momento em que o árbitro apita, temos de acalmar as emoções e levar as coisas para a razão. Temos de manter o que esteve bem e de melhorar o que não esteve tão bem. Temos de corrigir bem as decisões não tão bem tomadas.
Há muitas equipas juntas [no fundo da tabela]. Cada ponto é muito valorizado e duro de vencer. Estivemos muito próximos de conseguir os três pontos, mas temos de valorizar o que conquistámos e como fomos resilientes na luta à adversidade, num campo muito difícil.
O Tiago Araújo deu sinais de fadiga nos músculos posteriores da coxa, e decidimos substituí-lo [ao minuto 72]”.