Comissão veio ver ‘obras PRR’ em Vila Verde e Braga

Centro Social Vale do Homem
Foto: CSVH

A Comissão Nacional de Acompanhamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) visitou três estruturas do Centro Social Vale do Homem, em Braga e Vila Verde, uma delas já em pleno funcionamento.

Esta visita, que contou com a presença do presidente da Comissão, Pedro Dominguinhos, encontra-se integrada na missão de acompanhamento da execução dos fundos PRR e teve como principal objetivo “fazer o ponto de situação dos projetos já concretizados ou em concretização desta IPSS”.

Em comunicado, o CSVH informa que “na reunião realizada no felizMENTElar vários foram os pontos abordados, nomeadamente o desempenho e a verificação dos resultados alcançados pela execução de diversos investimentos do CSVH”.

O CSVH conta com um total de 11 projetos já submetidos aos fundos PRR, 9 destes já aprovados e dois a aguardar aprovação, representando, até ao momento, um financiamento de 7,5 milhões de euros, ou seja, cerca de 47% do investimento total.

Jorge Pereira, presidente do CSVH, referiu que a estrutura felizMENTElar. inaugurada em 2022 – e o primeiro edifício do país a ser executado com fundos PRR – “já é considerado um projeto de diferenciação enquanto resposta social para a terceira idade na região”.

Este edifício teve execução financeira a 100%, mas, aponta o centro, “dois anos já se passaram e ainda falta o reembolso do IVA, medida implementada pelo Governo em 2021 onde todas as IPSS poderiam reaver o este Imposto suportado nas despesas de execução de projetos financiados apenas pelo PRR”.

No que diz respeito à mobilidade verde, duas das candidaturas neste âmbito já se encontram em execução física a 100%, mas há ainda atraso no pagamento dos 30% da comparticipação total, aponta o CSVH.

Na área da saúde mental, o projeto Residência de Apoio Moderado (RAMo), localizado na Casa da Citânia, Vila Verde, foi aprovado com investimento total de 2.000 milhões de euros e financiamento de 400 mil euros dos fundos PRR.

“Das 9 candidaturas aprovadas esta poderá vir a ser a única que o CSVH pondera não executar porque o financiamento corresponde apenas a 25% do investimento, sendo quase impossível a sua execução”, indica a mesma fonte.

Também na área da deficiência energética em Edifícios de serviços, através do Fundo Ambiental, a execução física encontra-se a 100%, mas com execução financeira do PRR apenas a 30%.

Jorge Pereira mencionou, ainda, que não se percebe “a dificuldade em submeter pedidos de pagamento, validação de autos e de faturas já pagas para que as Instituições sejam restituídas do valor quer lhes pertence por direito”.

“Por exemplo, não se percebe como um auto de medição que já está validado pelos técnicos contratados para a fiscalização – uma empresa completamente isenta -, bem como pelos técnicos da empresa da construção e o próprio dono da obra, não seja suficiente para que a Segurança Social confie, acredite e valide automaticamente os autos”, disse.

No final da reunião, a CNA enalteceu a Instituição, pelo “arrojo, diferenciação e inovação, com respostas sociais da infância até aos mais velhos. Reforçou, ainda, a importância de haver mais Instituições com esta visão de enriquecer e valorizar os territórios”.

Foi considerado, igualmente, que existem processos no âmbito da execução do PRR que devem ser melhorados, nomeadamente no que diz respeito à desburocratização dos processos.

 
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