Começou hoje a ser julgado no Tribunal de Viana do Castelo o jovem de 27 anos acusado de tentar matar uma mulher, de 46 anos, em Ponte de Lima.
O arguido, que está em prisão domiciliária com pulseira eletrónica, depois de ter estado inicialmente em preventiva, nega os crimes.
É acusado de ter atirado a vítima por uma ribanceira, no Monte de Santo Ovídio, em Arcozelo, e de lhe arremessar pedras alegadamente para a matar.
“Não a empurrei pela ribanceira abaixo para a matar. Ela estava agarrada ao meu braço, desequilibrou-se e caiu”, afirmou, em declarações exclusivas a O MINHO, em setembro do ano passsado. “Ela caiu e eu não atirei pedra nenhuma”, garantia, dizendo que ficou desorientado, pelo que não deu a necessária assistência à vítima.
Afirmava ainda que a mulher, da Covilhã, o acusa de a tentar assassinar, “porque é casada e assim não tem problemas familiares”.
Adianta que a foi buscar à Covilhã, onde ela reside, porque esta lhe “pediu ajuda”, tendo-a transportado até ao concelho limiano. “Trouxe-a com a intenção de a ajudar, e para se instalar em casa dos meus pais”, explicou, assegurando que, antes da queda, ela agarrou-o pelo braço, pedindo-lhe que a levasse de volta à Covilhã. Aí, ela desequilibrou-se e caiu.
Vítima diz que foi empurrada
A PJ/Braga adiantou que a vítima, uma pessoa com limitações físicas devido a doença do foro neurológico, conheceu o arguido através das redes sociais. No dia 17 de junho deste ano, encontraram-se e foram para um local ermo nas cercanias da vila. Aí, e depois de uma discussão, o homem empurrou-a para a ribanceira, de 16 metros de fundo e com declive acentuado, provocando a sua queda desamparada, rebolando-se e embatendo com várias partes do corpo em pedras, árvores e vegetação arbustiva ali existente.
Atirou-lhe pedras
A seguir, o arguido arremessou pedras de dimensões consideráveis na direção dela, mas não a atingiu. A mulher deitou-se, então, atrás de uma árvore, ficando imóvel e fingindo estar morta, o que levou o arguido a fugir do local, abandonando-a.
“Não obstante o seu estado debilitado, a mulher ainda conseguiu subir a ribanceira e alcançar a estrada, onde solicitou que lhe fosse prestado socorro”, salientou a PJ.
A PJ veio a detê-lo dois dias depois.
Nova audiência
O julgamento tem nova sessão marcada para a próxima quarta-feira, às 14:00.