Troço concluído e últimos testes finalizados. A nova linha de tração elétrica que une Viana a Valença já foi concluída e os últimos ensaios de circulação estão a terminar, anunciou a Infraestruturas de Portugal. A linha elétrica só estava disponível até à capital de distrito, após inauguração do troço Nine-Viana do Castelo, em junho de 2019.
Fonte do gabinete do Ministério das Infraestruturas e Habitação disse a O MINHO que uma viagem realizada ontem tratou-se de uma “marcha de inspeção e um dos últimos ensaios” à catenária no troço Viana-Valença e decorreu entre as estações de Nine, em Famalicão, e Fronteira, na raia.
A obra, inserida no Plano de Investimentos Ferrovia 2020, englobou a eletrificação do troço, instalação de sinalização eletrónica e telecomunicações, adequação de layouts, construção de novas estações técnicas para o cruzamento de comboios de mercadorias e intervenções em obras de arte e passagens de nível.
De acordo com a empresa Infraestruturas de Portugal, a conclusão da empreitada da eletrificação completa da Linha do Minho permite reduzir tempo de trajeto em consequência da utilização de comboios de tração elétrica e da eliminação do transbordo em Nine. Permitirá ainda o aumento da competitividade do transporte ferroviário de mercadorias, o aumento da capacidade de 15 comboios por dia para 20, com maior espaço.
Marcha de ensaio à Catenária no troço Nine-Valença, Linha do Minho.
Concluída a empreitada na via que foi alvo de obras de modernização e eletrificação, decorre a fase de testes e de obtenção de certificação, tratando-se este um dos últimos ensaios.@FEEICOMPETE2020 #IP pic.twitter.com/YqnosZqDGY
— Infraestruturas de Portugal (@Infra_PT) February 18, 2021
Segundo aquela empresa, esta nova linha possui um novo sistema de sinalização e telecomunicações que se crêem “de maior segurança e fiabilidade”. Será também um “impulso para a economia” da região Norte, “melhorando e tornando mais rápido o acesso Porto-Vigo”.
A nível ambiental, segundo a empresa, este novo método de circulação ferroviária permite utilizar material circulante elétrico que resulta numa redução de 300 milhões de tonCO2eq até 2046.
Esta obra foi financiada com fundos comunitários em 85% e deverá rondar os 86 milhões de euros.