O ministro da Economia e do Mar defendeu hoje, na Assembleia da República, que, com salários baixos a economia nunca se vai desenvolver, mas destacou o esforço feito para aumentar a massa salarial.
“A questão dos salários é decisiva para o futuro dos trabalhadores e das empresas. Se tivermos salários baixos, a economia nunca se vai desenvolver. Esse problema está umbilicalmente ligado com algum esforço que tem vindo a ser feito para aumentar os salários”, apontou Costa Silva, em resposta ao PCP, na comissão parlamentar de Economia.
De acordo com o governante, a remuneração média mensal bruta está nos 1.411 euros, o que se traduz num aumento de 19,7% face a 2015.
Para o ministro, isto representa um esforço das políticas públicas para aumentar a massa salarial.
Costa Silva referiu ainda que o aumento dos salários é um complemento ao “desígnio maior”, que é a capacidade de o país criar riqueza, destacando o trabalho feito ao nível do tecido empresarial para introduzir “novas ondas de tecnologias digitais”.
O ministro da Economia e do Mar abordou também a situação da indústria de moldes, que disse ter sobrevivido a todas as crises, ao contrário do que, por exemplo, aconteceu em Espanha.
No entanto, considerou ser necessário diversificar os clientes, notando que entre 75% a 80% dos funcionários deste setor trabalham para a indústria automóvel.
Já sobre o fecho da refinaria da Galp em Matosinhos, tema levantado pelo Bloco de Esquerda, o governante considerou que “este é um problema” e disse que “se está a tentar pressionar” a Galp a readmitir os seus trabalhadores.
Relativamente à perda de antiguidade dos trabalhadores readmitidos, o ministro da Economia disse “não estar a par”, mas prometeu investigar o assunto.