São a versão portuguesa dos “coletes amarelos” franceses. Prometem protesto, mas sem a violência de além Pirinéus. Na zona do Minho há manif de coletes, em Braga e em Viana do Castelo.
Na cidade dos arcebispos contam com gente vinda de todo a região, de Braga, Guimarães, Barcelos, Famalicão e Fafe. E de outras vilas e aldeias.
Juntam-se, ainda de noite, pelas 06:00 da madrugada, no nó de Ínfias em Braga, uma das principais vias de acesso e saída da cidade.
A iniciativa foi comunicada à Câmara pelo que é legal. A polícia tem preparado um grande número de efetivos, “para o que der e vier”.
Garantem não ter fins político-partidários, nem quererem derrubar o atual Governo da geringonça: “pode ser este ou outro qualquer governo”.
“O que nos motiva é o desejo de que o país ande para a frente e sejam dadas melhores condições de via aos portugueses”, disse a O MINHO um dos organizadores sob anonimato.
Os coletes minhotos comungam de uma lista nacional de reivindicações, com dez pontos, e prometem continuar a manifestar-se até que o poder político a aceite.
Um outro membro da organização disse que esperam “grande afluência, dado que na reunião feita há dias em Braga para preparar a iniciativa, compareceram centenas de pessoas”.
Assim sendo, na concentração junto ao nó de Ínfias, o mais certo é que o trânsito fique bloqueado, isto apesar de também se prever uma presença maciça de agentes policiais.
“Temos falado com a PSP no sentido de evitar problemas, dado que há sempre pessoas mais radicais que apenas querem praticar atos violentos. E pode haver automobilistas que percam a paciência”, frisou.
O nó é já um dos cancros rodoviários da urbe bracarense pelo que o entupimento do trânsito deverá ser uma realidade.
Se assim for, e a adesão for significativa, os organizadores pensam fazer uma marcha pacífica até ao centro da cidade, desaguando na Avenida Central e na Arcada.
Sobre os propósitos do protesto, apontam questões sociais e salariais, desde logo o alto preço dos combustíveis – que “não para de crescer” – e querem também, e a exemplo do que tem sucedido em Paris, melhores salários, nomeadamente o mínimo, reformas decentes e serviços públicos
que funcionem e sejam acessíveis. Algo que não existe em Portugal.